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01 História


PARA EX-DIRETOR DA OIT, ONU É ORGANIZADORA DO PENSAMENTO DA CIVILIZAÇÃO



Hoje aposentado, João Alexim liderou projetos pioneiros para o mercado de
trabalho



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02 76 anos de história da ONU em uma vida
02 História


76 ANOS DE HISTÓRIA DA ONU EM UMA VIDA



O veterinário Milton Thiago de Mello tem 105 anos. Na véspera do aniversário das
Nações Unidas, conheça a história de vida de quem acompanha a vida da ONU.



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03 Escutar, conversar e entender para transformar: as lições de Mena para a ONU
03 História


ESCUTAR, CONVERSAR E ENTENDER PARA TRANSFORMAR: AS LIÇÕES DE MENA PARA A ONU



A brasileira que trabalhou com jovens durante a guerra da Bósnia e Herzegovina



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01 Para ex-diretor da OIT, ONU é organizadora do pensamento da civilização


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OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO BRASIL

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para
acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as
pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes
são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que
possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
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Histórias Notícias
História
29 outubro 2021
Para ex-diretor da OIT, ONU é organizadora do pensamento da civilização
Poucas áreas passaram por mudanças tão bruscas nos últimos 40 anos quanto o
mercado de trabalho. A formação dos profissionais, a concorrência entre seres
humanos e tecnologia, além de crises econômicas transformaram não só o cotidiano
de trabalhadores e empregadores, como também das organizações nacionais e
internacionais que regem o setor. O tsunami de mudanças, no entanto, parece não
abater o ex-diretor do escritório de Brasília da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), João Carlos Alexim. Do alto de seus 84 anos, o que mantém
estável a fé do ex-funcionário é a missão da Organização de ser uma referência
para a civilização e não uma instituição que resolve problemas por si só.  “Para
mim, as Nações Unidas continuam a ser o centro fundamental da organização do
pensamento humano e da civilização, mesmo com todas as críticas que muitas vezes
são imputadas a ela de forma errônea”, diz o aposentado. “Ela oferece uma
referência dos valores fundamentais dos seres humanos em áreas como cultura,
convívio, diplomacia. Sem as Nações Unidas seria o caos. E trabalhar oferecendo
um exemplo, em conjunto, já é um esforço inacreditável”, pontua. De exemplo,
Alexim entende. Ingressou no sistema ainda nos anos 1980 com a missão de liderar
o Centro Interamericano para o Desenvolvimento do Conhecimento na Formação
Profissional. Passou 14 anos em Montevidéu ajudando a estreitar relações entre
empresários, governos e instituições de ensino em toda América Latina, a fim de
reduzir a dependência do continente da formação profissional e tecnologia
estrangeiras, capacitando trabalhadores em todos as nações da região. De lá,
voltou para chefiar o escritório brasileiro da OIT, uma missão que lhe rendeu
projetos pioneiros nas áreas de combate à exploração do trabalho infantil,
igualdade de oportunidade de empregos e equidade salarial para negros e
mulheres, além de implementar ferramentas de produtividade inéditas no país como
a certificação profissional, mecanismo hoje adotado por todo o mercado de
trabalho. Sociólogo, Alexim acredita que todos esses importantes avanços
ajudaram a moldar as relações de trabalho, item que ele julga ser primordial
para a felicidade das nações e cidadãos. “Famílias são desestruturadas em
funções de políticas ruins de emprego”, avalia. No entanto, o ex-diretor
reconhece que os novos desafios globais colocam em xeque o trabalho feito até o
momento. “O que instituições como a OIT podem garantir coletivamente, quando
assistimos uma corrente anti-multilateralismo, que trabalha pelo individual,
ganhar força? Neste cenário, instituições como a OIT precisam se agarrar a
questões sociais fundamentais, como por exemplo, a causa do trabalho e não do
emprego. O trabalho tem muitas formas de se apresentar e uma delas é através do
emprego”. Voltar aos valores fundamentais e oferecer este exemplo parece ser a
saída para os desafios modernos. Também presidente emérito da Associação dos
Antigos Funcionários Internacionais das Nações Unidas do Brasil (AAFIB), Alexim
é enfático ao dizer que os valores que fundaram a organização continuam
relevantes nos tempos atuais. “O individualismo tem corroído as estruturas,
fazendo com que a OIT e a ONU percam seus correspondentes nos governos locais.
No meu entender, este é o principal confronto que a sociedade ocidental tem de
enfrentar atualmente. Entendendo que esta organização é um órgão que assume o
poder transferido pelas nações. Ela é a soma das partes e, portanto, maior que
as nações individualmente”, conclui. Aniversário - A ONU completou 76 anos em 24
de outubro. Para marcar a data, a ONU Brasil contou semanalmente a trajetória
profissional de pessoas que ajudaram a construir a história da instituição no
país.
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História
22 outubro 2021
76 anos de história da ONU em uma vida
“O mundo depois da pandemia vai ser diferente – o planeta foi forçado a dar uma
freada de arrumação, e disso vai nascer um mundo novo”. A previsão é de Milton
Thiago de Mello, e ele fala com propriedade: aos 105 anos de idade, a pandemia
de COVID-19 é a segunda que Milton atravessa. Além de duas pandemias – gripe
espanhola e COVID-19 -, Milton assistiu a duas guerras mundiais e incontáveis
outros conflitos; morou em muitas cidades e países diferentes e conheceu boa
parte do mundo; viu a ciência avançar – e deu sua significativa contribuição
para isso; testemunhou o nascimento e, eventualmente, o esgotamento de diversas
instituições. Uma dessas instituições que ele viu nascer e com a qual contribuiu
desde o princípio foi a Organização das Nações Unidas. Quando a ONU foi criada,
em 1945, Milton estava prestes a completar 30 anos de idade e já tinha uma
sólida carreira como veterinário e cientista. Ele é testemunha dos 76 anos da
instituição que ajudou a construir. Milton estudou na Escola de Veterinária do
Exército, no Rio de Janeiro, e desde cedo se destacou pela aptidão para a
pesquisa e a ciência e por seu compromisso com o bem-estar animal. Trabalhou em
diferentes laboratórios do Exército e, na década de 1940, serviu no Instituto
Militar de Biologia, onde preparou o soro antitetânico utilizado pelos
combatentes brasileiros durante a Segunda Guerra Mundial. Atuou no Instituto
Oswaldo Cruz – hoje Fundação Oswaldo Cruz – por mais de 20 anos e foi professor
do Colégio Militar do Rio de Janeiro também por duas décadas. Em 1974, foi
trabalhar na área de biologia e primatologia da Universidade de Brasília. Milton
foi pioneiro na pesquisa sobre doenças que afetam animais e seres humanos, numa
época em que o conceito de zoonose ainda não estava tão difundido. Sua pesquisa
na área de brucelose, doença infecciosa que afeta o gado e a saúde humana, o
aproximou da Organização Pan-Americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde
(OPAS/OMS). Seu primeiro trabalho com a OPAS/OMS foi ainda em 1948, na
Argentina. Quando entrou para a reserva do Exército, começou a trabalhar também
com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e o
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A colaboração com
diferentes entidades das Nações Unidas o levou para Guatemala, Estados Unidos,
México, Peru, Colômbia, República Dominicana e El Salvador, entre outros. Neste
último, conheceu a médica psiquiatra Angela de Mello, sua esposa desde 1963.
Foram muitos anos de colaboração intensa e, apesar do status de aposentado,
Milton nunca se desligou totalmente do trabalho como pesquisador e cientista. Os
títulos, honrarias e homenagens também foram muitos ao longo da extensa
carreira. “Passei de faroleiro a farol”, resume ele. Com a lucidez e o bom humor
intocados pelo passar dos anos, Milton segue acompanhando o desenvolvimento da
biologia e veterinária, os rumos do país e do mundo e a atuação das Nações
Unidas, com especial atenção para os esforços de paz. “A ação pacificadora da
ONU foi a mais importante contribuição da instituição”, afirma. “Tenho a
impressão de que, sem a ONU, o mundo estaria hoje mergulhado em guerras por
conquista de mercados”, avalia. “Acompanhei toda a história das Nações Unidas.
Depois da Guerra, faltava um elemento que congregasse os países, e esse elemento
foi a ONU, graças inclusive à atuação do Brasil”, relata. “Existe a tendência
humana para associar-se, isso é biológico. A ONU faz essa associação no plano
macro, universal”, conclui. Aniversário - A ONU completa 76 anos no próximo dia
24 de outubro. Para marcar a data, a ONU Brasil conta semanalmente a trajetória
profissional de pessoas que ajudaram a construir a história da instituição no
país.
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História
15 outubro 2021
Escutar, conversar e entender para transformar: as lições de Mena para a ONU
Segunda é dia de feira para Mena. Hoje, quem vê a sacola com os hortifrutis
sendo carregada pelas travessas do Araújo -- pequena ilha a dez quilômetros da
cidade histórica de Paraty, no Rio de Janeiro —sequer desconfia que pouco menos
de três décadas atrás a aposentada lutava para esconder um mísero tomate na
bolsa. Era no trajeto mensal entre Paris e Sarajevo, capital da Bósnia e
Herzegovina, que ela tinha a única oportunidade para comer frutas e verduras
frescas, em 1994. “Voltava com o tomate na bagagem e nunca vi um render tanto.
Usávamos a técnica espanhola: esfregar as poucas fatias no pão, só para passar
um pouco do gostinho”, lembra Mena. O apelido encurta um nome comprido: Maria
Helena Fernandes da Trindade Henriques Mueller. A preferência pela versão curta,
tanto na vida profissional quanto pessoal, segue a mesma “escola” de
simplicidade e informalidade adotada pelo colega de operações em Sarajevo,
Sérgio Vieira de Mello. Enquanto o mais famoso diplomata brasileiro participava
das negociações para colocar fim à guerra que vitimou mais de 97 mil pessoas,
Mena carregava a complexa missão de unir os três grupos em conflito, através de
uma identidade cultural que pudesse ser compartilhada e que mudasse a imagem da
tragédia. Oficialmente, era chefe do escritório emergencial da Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) na Bósnia e
Herzegovina. Na prática, o espaço que Mena tinha para carregar tomates era
limitado porque a bagagem incluía câmeras, microfones e todo o resto necessário
para montar uma emissora de televisão local em plena guerra. Além disso, os
aviões transportavam artistas, jornalistas, ativistas e educadores que tinham
como missão provar ao povo iugoslavo e ao resto do mundo que ainda havia vida no
país conflagrado e que essa vida precisava ser apoiada. “Quando chegamos ao país
era difícil convencer as pessoas que elas não estavam mortas. Sobretudo os
jovens. Era um trabalho psicológico enorme incentivá-los a continuarem mantendo
suas vidas e com esperança suficiente para construir algo”. Os 14 meses que Mena
passou na guerra a convenceram de que, de volta a Paris, deveria dedicar seus
esforços para promover projetos dedicados a juventude-- grupo que ela
considerava concentrar o maior número de vítimas do conflito no leste europeu.
Entre 1995 e 2007, a doutora em demografia pela Universidade de Harvard
coordenou as atividades da UNESCO para juventude e chefiou a seção de juventude,
dentro do Departamento de Planejamento Estratégico da mesma instituição, cargos
que ocupou até se aposentar. O ápice destas atividades foi em 2005, quando
comandou por 10 meses o pavilhão das Nações Unidas na Exposição Universal, na
província japonesa de Aichi. Ao longo da carreira, Mena organizou dezenas de
fóruns regionais e mundiais, desenvolveu indicadores específicos para a
população jovem e projetos que os uniram em torno de causas geracionais. “Por um
bom tempo, a UNESCO passou a ser uma espécie de decana da juventude, pela
maneira como conseguimos engajar esses grupos em torno de grandes causas e por
contarmos com equipes multidisciplinares para tratar destes assuntos. Hoje
sabemos que a juventude é movida por causas e até então não tínhamos como medir
o impacto disso, porque não existiam relatórios específicos que tratassem desse
tipo de ação”, conta. A forma de trabalhar com equipes de diferentes áreas de
conhecimento e em vários idiomas a fim de obter mais de uma solução e
perspectiva para desafios globais está no centro do trabalho que Mena realizou
dentro do sistema da ONU e faz parte dos valores da própria instituição. É por
isso que no mês de aniversário das Nações Unidas, a ex-funcionária - que tem a
mesma idade da Organização - celebra o multilateralismo e a missão de promover a
diplomacia. “Trabalhar na ONU me mostrou que não há uma verdade fundamental.
Cada cultura, cada pessoa, enxerga a realidade de uma forma diferente. E daí a
importância de conversar, escutar e entender para poder transformar. Este é um
ingrediente fundamental para o staff que é formado dentro do sistema e que
levamos para a vida. Sabemos o poder da escuta e da gratidão”, explica. Diante
dos desafios que o mundo enfrenta atualmente, Mena acredita que instituições
multilaterais como a ONU terão seu protagonismo e liderança reafirmados. “O
psiquiatra que incendiou a biblioteca de Sarajevo, Radovan, costumava dizer que
a Bósnia marcaria o fim das Nações Unidas. A Organização mostrou sua resiliência
lá e continua nos mostrando que, mesmo com queixas e desafios maiores, é
fundamental que exista um organismo multilateral com vontade e compromisso para
liderar as renovações necessárias em um mundo tão conturbado”, completa.
Aniversário - A ONU completa 76 anos no próximo dia 24 de outubro. Para marcar a
data, a ONU Brasil conta semanalmente a trajetória profissional de pessoas que
ajudaram a construir a história da instituição no país.
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História
08 outubro 2021
A ambientalista que abriu caminhos para as mulheres na ONU no Brasil
“Fui uma das primeiras funcionárias da ONU a começar a carreira como servidora
local e migrar para a carreira internacional, e depois me aposentei como chefe
de agência, o que para uma mulher ainda era raro”. Assim Cristina Montenegro
resume seus 30 anos de carreira nas Nações Unidas. “Eu abri caminho para muitas
mulheres no Sistema ONU”. Foi a habilidade com idiomas que levou Cristina a
buscar, ainda na década de 1980, uma vaga nas Nações Unidas, uma das poucas
áreas de trabalho em Brasília que na época valorizava o conhecimento de outras
línguas. Formada em inglês e literatura inglesa pela Universidade de Brasília,
Cristina começou a trabalhar no Escritório das Nações Unidas de Serviços para
Projetos (UNOPS) em 1981. Dois anos depois migrou para o Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A trajetória que começou por uma aptidão
com línguas logo se tornou o caminho de uma ambientalista. Em 1990, a ONU
começou a se preparar para a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
e o Desenvolvimento, mais conhecida como Rio-92 ou Cúpula da Terra. Foi criada
uma área de meio ambiente na estrutura do PNUD, onde Cristina assumiu a função
de oficial de programas, juntamente com uma equipe de assessores com experiência
no tema. “O PNUD trabalhou ativamente em toda a preparação da Rio-92, desde a
logística até as negociações”, conta. Quando a Conferência acabou e com o
destaque que o tema adquiriu na década de 1990, Cristina seguiu coordenando a
área de meio ambiente da instituição. Para ampliar seus conhecimentos, voltou a
estudar e fez um mestrado em relações internacionais, e seu objeto de estudo foi
a governança ambiental. “Vivemos a época dourada da cooperação internacional.
Tivemos a oportunidade de fazer um trabalho interessante no Brasil e o país
acabou se tornando referência nos modelos de administração de projetos, em
inovação”, relata. Em 1998, a transição para a carreira internacional: Cristina
foi trabalhar no escritório regional do Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente (PNUMA) na Cidade do México. Depois de cinco anos como diretora
regional adjunta, voltou ao Brasil para abrir o primeiro escritório do PNUMA em
um país. “Até então, o PNUMA trabalhava por meio da sede, em Nairóbi, e de uma
rede de escritórios regionais. O escritório do Brasil foi o primeiro a ser
aberto para atender a um único país, e depois foi seguido por China e Rússia”.
Cristina dirigiu o escritório local do PNUMA de 2004 a 2011, quando se
aposentou. Em sua avaliação, a área de meio ambiente avança como se estivesse
numa montanha russa: “Partimos de uma época em que pouco se falava sobre meio
ambiente, tomamos impulso em 92 com a conferência no Rio, e o tema saiu
fortalecido, as instituições foram fortalecidas”. No entanto, segundo ela, aos
poucos esse impulso foi se arrefecendo, e a atuação da ONU e dos países nessa
área foi se concentrando em temas específicos, como biodiversidade e clima.  “A
ONU fez grandes contribuições ao mundo e ao Brasil, mais especificamente. Só
para citar alguns exemplos: o avanço da aeronáutica, o desenvolvimento da
Embraer, a formação de controladores de voo, o crescimento da Embrapa e o
programa de HIV/Aids receberam apoio das Nações Unidas. E o Brasil deu uma
grande contribuição ao sistema Nações Unidas ao inovar nos modelos de gestão e
cooperação”. Apesar de estar afastada da instituição há uma década, ela segue
acompanhando o trabalho da ONU. “Ataques à ONU me tocam muito diretamente. Já
estive dos dois lados do balcão – já trabalhei aqui no Brasil, mas também na
arena internacional. Então sei como funciona o sistema de chegar a consensos, de
estabelecer políticas, como viabilizar agendas e recursos. Como conheço as
dificuldades da ONU por dentro, quando vejo críticas desinformadas me incomodo
muito”, conta. Para Cristina, o papel da ONU continua extremamente relevante.
“Existem situações em que o mundo só tem a ganhar com o multilateralismo. Para
resolver questões como mudanças climáticas, por exemplo, não adianta que um ou
outro país se engaje, é preciso ter um organismo multilateral para dar conta de
abordar o alcance e a complexidade desse e de outros desafios. Não existe ainda
quem possa intervir com eficiência como as Nações Unidas podem”, conclui.
Aniversário -  A ONU completa 76 anos no próximo dia 24 de outubro. Para marcar
a data, a ONU Brasil contará semanalmente a trajetória profissional de quatro
pessoas que ajudaram a construir a história da instituição no país.
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História
17 setembro 2021
Internet e estudo conectam sonhos de jovens nas periferias brasileiras
Aos 16 anos, Vitória é comunicativa e acredita que somente dedicação e estudo
poderão mudar a realidade de sua vida num conjunto de moradia popular ao lado de
Paraisópolis, a maior favela da maior cidade brasileira. Aos 17 anos e muito
tímido, Wesley está vendo sua vida se transformar graças ao ensino aliado à
tecnologia. Ambos moram em bairros periféricos da zona sul de São Paulo e
participam do programa Trilhas Digitais, iniciativa do UNICEF que incentiva o
acesso à internet para ajudar no aprendizado de jovens e adolescentes. Vitória
Lohanna Mendes Tavares já fez cursos e oficinas de administração, jornalismo,
fotografia, percussão, caratê e artesanato. “Quando você está na quebrada (gíria
para periferia), você tem que se esforçar duas vezes mais. Se eu não correr
atrás, ninguém vai correr por mim”, avalia. Na pandemia, a estudante teve o
aprendizado prejudicado pelo regime de ensino a distância das escolas estaduais.
Participando do Trilhas Digitais, iniciativa do UNICEF em parceria com o
Instituto Tellus e a British Telecom, ela voltou a estudar e a participar tanto
das aulas regulares quanto de outras atividades, usando o celular cedido pela
iniciativa. “Como o Trilhas tem como propósito nos ajudar a resolver problemas
da comunidade por meio da tecnologia, ele nos ajudou a pensar em soluções para o
território”, explica. O projeto de Vitória, chamado Horta Real, pretende
transformar os espaços públicos abandonados do bairro em hortas comunitárias. A
ideia inclui até um curso para os vizinhos. “Por causa da pandemia, muita gente
perdeu o emprego. A horta surgiu como uma oportunidade para gerar renda para a
comunidade e, também, incentivar o acesso à alimentação saudável”, explica.
Segurança e confiança - Na Chácara Flórida falta internet, saneamento básico e
asfalto. Ali Wesley Monteiro da Silva conheceu a iniciativa que incentiva o
acesso à tecnologia para promover o aprendizado e a formação de jovens e
adolescentes. Ele se interessou por programação. A superação da timidez, a
descoberta da tecnologia como um interesse profissional e educacional e as
lições aprendidas serviram de referência para Wesley pensar no seu futuro e no
lugar onde vive. Ele desenvolveu o projeto Segurança na Periferia, que orienta
moradores de regiões periféricas a encarar abordagens policiais através de um
aplicativo e um site que explicam direitos e deveres, tanto de policiais como de
cidadãos nessas ocasiões. A ideia é diminuir os índices de violência policial e
tornar as relações entre moradores e policiais mais amistosas e pacíficas.  “Na
escola, eu sempre fui aquele menino que ficava lá atrás na hora de apresentar os
projetos. Agora, eu me sinto mais preparado e confiante”, relata o rapaz. “Eu
tenho o sonho de abrir uma ONG, de ensinar programação para jovens de favela
também. Quero que eles tenham oportunidades. Na periferia existe muita gente
inteligente, que é esforçada, gente que faz tudo, mas por falta de material, de
oportunidade, não consegue mudar de vida. Eu quero mostrar que dá para mudar”,
afirma, cheio de esperança.
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Notícias
03 novembro 2021
Observatório para impulsionar redução nas emissões de metano é lançado
Uma nova iniciativa para reduzir as emissões de metano - um poderoso gás de
efeito estufa responsável por pelo menos um quarto do aquecimento global - foi
lançada no domingo (31) pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA), durante a reunião do G20 em Roma, em paralelo ao primeiro dia da
Conferência do Clima da ONU (COP26) em Glasgow. Apoiado pela União Europeia
(UE), o Observatório Internacional de Emissões de Metano (IMEO) é uma iniciativa
para melhorar a precisão dos relatórios e a transparência pública das emissões
antropogênicas, como são chamadas as emissões causadas pela atividade humana.
Inicialmente, o Observatório se concentrará nas emissões de metano do setor de
combustíveis fósseis, antes de se expandir para outros setores importantes de
produção, como agricultura e resíduos. O IMEO fornecerá os meios para priorizar
ações e monitorar os compromissos assumidos por atores estatais no Compromisso
Global do Metano - um esforço de mais de 30 países, liderado pelos Estados
Unidos e pela União Europeia, para reduzir as emissões de metano em 30% até
2030. Um vilão do clima - Para permanecer no caminho certo para alcançar a meta
do Acordo de Paris de limitar as mudanças climáticas a 1,5°C, o mundo precisa
reduzir quase pela metade as emissões de gases de efeito estufa até 2030. O
Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) observa que se o
mundo quiser atingir a temperatura de 1,5°C meta, profundas reduções de emissões
de metano devem ser alcançadas ao longo deste tempo. “Conforme destacado pelo
IPCC, se o mundo quiser realmente evitar os piores efeitos das mudanças
climáticas, precisamos cortar as emissões de metano da indústria de combustíveis
fósseis”, destacou a diretora executiva do PNUMA, Inger Andersen, no lançamento
do Observatório. O metano lançado diretamente na atmosfera é mais de 80 vezes
mais potente do que o CO2 em um horizonte de 20 anos. No entanto, como a vida
útil do metano na atmosfera é relativamente curta - 10 a 12 anos - as ações para
cortar as emissões de metano podem produzir a redução mais imediata na taxa de
aquecimento, ao mesmo tempo que proporcionam benefícios para a qualidade do ar.
De acordo com a Avaliação Global de Metano do PNUMA-CCAC publicada recentemente,
reduções líquidas de metano baixas ou zero poderiam reduzir 0,28 °C do aumento
previsto do planeta na temperatura média até 2050, quase reduzindo pela metade
as emissões antropogênicas de metano. Reduções lado a lado - Mas, segundo a
chefe do PNUMA, essas reduções por si só não representam um "passe livre".
“Reduções de metano devem ser acompanhadas de ações para descarbonizar o sistema
energético”,  insistiu Andersen. Como a indústria de combustíveis fósseis é
responsável por um terço das emissões antrópicas, é o setor com maior potencial
de redução. O metano desperdiçado, o principal componente do gás natural, é uma
fonte valiosa de energia que pode ser usada para abastecer usinas ou
residências. Compartilhamento de dados - O Observatório produzirá um conjunto de
dados públicos globais de emissões de metano verificadas empiricamente -
começando com o setor de combustíveis fósseis - em um nível crescente de
granularidade e precisão, integrando dados principalmente de quatro fluxos:
relatórios da Oil and Gas Methane Partnership 2.0 (OGMP 2.0), dados de medição
direta de estudos científicos, dados de sensoriamento remoto e inventários
nacionais. Isso permitirá que a IMEO envolva empresas e governos em todo o mundo
para utilizar esses dados para direcionar ações de mitigação estratégica e
apoiar opções de políticas baseadas na ciência, em consonância com o Compromisso
Global do Metano.. Críticos para esse esforço são os dados coletados por meio do
OGMP 2.0, lançado em novembro de 2020 no âmbito da Climate and Clean Air
Coalition. OGMP 2.0 é a única estrutura de relatório abrangente baseada em
medição para o setor de petróleo e gás, e suas 74 empresas membros representam
muitas das maiores operadoras do mundo em toda a cadeia de valor, com ativos que
representam mais de 30 por cento de todo o petróleo e produção de gás. Primeiro
relatório - No relatório "De olho no metano", divulgado durante o lançamento, o
Observatório explica a necessidade de uma entidade independente e confiável para
integrar várias fontes de dados. O relatório também inclui uma análise enviada
pelas empresas da OGMP 2.0, na qual a maioria delineou metas ambiciosas de
redução para 2025. Das 55 empresas que estabeleceram objetivos, 30 cumpriram ou
excederam as metas recomendadas de redução de 45% ou intensidade de metano quase
zero, e 51 submeteram planos que oferecem confiança de que a precisão de seus
dados irá melhorar nos próximos 3-5 anos. Organizado pelo PNUMA, o IMEO tem um
orçamento de 100 milhões de euros ao longo de cinco anos. Para manter sua
independência e credibilidade, o Observatório não receberá financiamento do
setor e será inteiramente financiado por governos e entidades filantrópicas, com
recursos básicos fornecidos pela Comissão Europeia como membro fundador.
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Notícias
03 novembro 2021
‘Clima de medo’ prevalece para os defensores dos direitos humanos no Afeganistão
A relatora especial da ONU para defensores dos direitos humanos, Mary Lawlor,
disse que no Afeganistão o grupo vive “em clima de medo, ameaças, intensa
insegurança e desespero crescentes”. Em publicação lançada nesta quarta-feira
(2), em Genebra, a especialista das Nações Unidas pediu uma resposta urgente e
coordenada da comunidade internacional perante o que considera uma “ameaça muito
real”. “Os defensores me contam sobre ameaças diretas, incluindo ameaças de
gênero contra mulheres, de espancamentos, prisões, desaparecimentos forçados e
de defensores sendo mortos. Eles descrevem viver em um clima de medo constante”,
relatou Lawlor. Os que correm maior risco são as pessoas que documentam alegados
crimes de guerra, em particular mulheres, advogados criminais, defensores dos
direitos culturais, especialmente aqueles que trabalham em setores proibidos,
como apresentações musicais, e outros pertencentes a grupos minoritários. Alguns
disseram à Lawlor que apagaram seu histórico de dados online para evitar a
identificação e que o Taleban está usando outras maneiras de encontrá-los. Um
deles, por exemplo, foi identificado por um ferimento na perna. Ação urgente -
Segundo a relatora, o Taleban invadiu escritórios de organizações de direitos
humanos e da sociedade civil em busca de nomes, endereços e contatos. “Muitos
defensores são bem conhecidos em suas comunidades locais, em particular nas
áreas rurais, e partiram para o anonimato das cidades, mas mesmo lá, foram
obrigados a mudar constantemente de local”, disse o especialista da ONU. “A
maioria também perdeu sua fonte de renda, limitando ainda mais suas opções para
encontrar segurança.” Lawlor pediu apoio internacional imediato, incluindo um
plano urgente para a evacuação das pessoas em alto risco, juntamente com suas
famílias. Ela destacou que essas são as pessoas que lutam há 20 anos pelo avanço
dos direitos humanos no país. “Muitos dizem que se sentem abandonados. Os
Estados que apoiaram seu trabalho nas últimas duas décadas devem fazer mais para
fornecer vistos, documentos de viagem e rotas de asilo para as centenas de
defensores deixados para trás e em risco”, defendeu. Testemunhos - Para produzir
seu relatório, a relatora recebeu depoimentos online de cerca de 100 defensores
dos direitos humanos. Uma mulher que mora no oeste do Afeganistão disse a ela
que todos os dias 5 ou 10 pessoas são presas, com famílias com medo de serem
reconhecidas. “Os familiares nem reclamam os cadáveres na rua. Eles estão com
medo. Os defensores dos direitos humanos não foram priorizados nos esforços de
evacuação”, contou Lawlor. Outro ativista argumentou que “não se pode esperar
que o Taleban cumpra sua palavra” e que “o futuro parece sombrio”. Uma mulher
que trabalhou em 34 províncias pelos direitos das mulheres garantiu que quer
proteger os ganhos conquistados nos últimos 20 anos, mas não pode sair de casa e
ir para o escritório. Ela contou que pessoas como ela estão sendo acusadas de
serem "agentes estrangeiros". Outro defensor disse que 38 mil prisioneiros foram
libertados, alguns deles com problemas com os que trabalham com justiça e estado
de direito, e agora são “uma ameaça direta aos defensores dos direitos humanos”.
Uma mãe também procurou Lawlor para pedir ajuda sobre a tortura de seu filho de
12 anos pelo Talibã. “Ela achava que mesmo agora poderíamos defender os direitos
de seus filhos, mas o que não ficou claro para ela, é que eu não tenho mais
autoridade e capacidade para defendê-la e ao filho dela, pois eu mesma fui
marginalizada juntamente com os ativistas pelos direitos humanos no
Afeganistão”, disse a relatora. Papel dos relatores da ONU - Os relatores
especiais são nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para monitorar
questões específicas relacionadas ao cumprimento dos direitos humanos. Eles não
são funcionários da ONU, nem recebem um salário da Organização.  Os relatores
especiais fazem parte do que é conhecido como Procedimentos Especiais do
Conselho de Direitos Humanos, são independentes de qualquer governo ou
organização e atuam em sua capacidade individual. Ataque terrorista – O
relatório sobre a situação de direitos humanos no país foi divulgado um dia após
um ataque mortal a um hospital militar na capital afegã deixar pelo menos 19
mortos e dezenas de feridos, segundo informações da imprensa. Para o porta-voz
adjunto da ONU, o ataque é um lembrete de que as instalações de saúde nunca
devem ser um alvo. Farhan Haq falou a jornalistas em Nova Iorque, após duas
explosões detonadas perto da entrada do hospital Sardar Mohammad Daud Khan, em
Cabul. Não houve reclamação de responsabilidade, mas funcionários do Taleban
atribuíram a culpa a um grupo afiliado da rede terrorista ISIL. “Expressamos
condolências às famílias daqueles que perderam suas vidas e uma rápida
recuperação às muitas pessoas que ficaram feridas”, disse o porta-voz. Ajuda
humanitária – Enquanto a crise se agrava no país, as entregas de ajuda
humanitária da ONU continuam, junto com avaliações das necessidades para atender
à crescente demanda em todo Afeganistão. O Programa Mundial de Alimentos (WFP)
relata que 170 caminhões estão entregando assistência em todo o Afeganistão
diariamente. Este ano, o WFP alcançou 11,5 milhões de pessoas com assistência
alimentar, incluindo 4,7 milhões de pessoas somente em outubro, disse o
porta-voz da agência. Na última semana de outubro, a Organização Internacional
para as Migrações (OIM) alcançou 8.400 afegãos vulneráveis em todo o país com
ajuda humanitária e 2.330 afegãos sem documentos que voltaram ao Afeganistão
receberam abrigo de emergência. ACNUR inicia transporte aéreo - A Agência da ONU
para os Refugiados (ACNUR) disse que começou a transportar ajuda aérea para
Cabul pela primeira vez, com um avião que transportava ajuda de inverno dos
estoques globais da Agência em Dubai pousou na terça-feira. O avião fretado pelo
ACNUR decolou de Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos, carregando 33 toneladas de
kits de preparação para o inverno para afegãos deslocados. É o primeiro de três
voos do ACNUR, com os próximos dois programados para pousar na capital afegã nos
dias 4 e 7 de novembro. A porta-voz Shabia Mantoo disse que as necessidades
estão aumentando rapidamente no Afeganistão antes do inverno, quando as
temperaturas podem cair para -25⁰C. O conflito e a insegurança deslocaram 3,5
milhões dentro do Afeganistão, incluindo cerca de 700.000 forçados a deixar suas
casas este ano. A ajuda humanitária o Afeganistão, que busca 606 milhões dólares
para ajudar 11 milhões de pessoas até o final de 2021, está atualmente com
apenas 50% do financiamento garantido.
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Notícias
03 novembro 2021
Guterres insta países desenvolvidos a apoiar nações vulneráveis ao clima
Com os líderes mundiais expressando esperança de que a meta de fornecer 100
bilhões de dólares por ano em apoio ao financiamento do clima para os países em
desenvolvimento esteja ao alcance, o secretário-geral da ONU alertou na
terça-feira (02) que a meta provavelmente não será atingida até 2023 e exigirá
financiamento adicional depois disso.  A autoridade das Nações Unidas discursou
durante o Diálogo de Alto Nível dos Líderes dos Países Vulneráveis ao Clima,
parte da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP26.   De acordo com
reportagens da imprensa, o último esforço diplomático, liderado pela Alemanha e
Canadá, visa reunir o financiamento necessário até 2023, três anos após o prazo
estabelecido pelo Acordo de Paris.  Em declarações a jornalistas, o
primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse que "mais ações de países
ao redor do mundo" são necessárias para que isso aconteça; John Kerry, enviado
especial para as mudanças climáticas do presidente dos Estados Unidos, Joe
Biden, confirma essa intenção. “Exorto o mundo desenvolvido a acelerar a entrega
dos 100 bilhões de dólares para reconstruir a confiança”, insistiu Guterres.  
Obras de adaptação - O secretário-geral enfatizou a importância desses
investimentos, dizendo que obras de adaptação e sistemas de alerta precoce
poupam vida, assim como agricultura e infraestrutura inteligentes para o clima
salvam empregos. É por isso que Guterres continua pedindo a todos os doadores
que aloquem metade de seu financiamento climático em adaptação.    Atualmente,
apenas um quarto desses recursos vai para adaptação, cerca de 20,1 bilhões de
dólares. Estima-se que os custos de adaptação para os países em desenvolvimento
podem chegar a 300 bilhões por ano até 2030.  O chefe da ONU comparou o
investimento aos vastos recursos que estão sendo gastos na recuperação da
COVID-19, por países que podem pagar. As economias avançadas estão investindo
quase 28% de seu Produto Interno Bruto (PIB) na recuperação econômica. Para os
países de renda média, esse número cai para 6,5%. Para os países menos
desenvolvidos, é menos de 2%.   Guterres argumentou que os países vulneráveis
devem ter acesso mais rápido e fácil ao financiamento. Ele acredita que isso
poderia ser alcançado reduzindo a burocracia, aumentando os limites de
elegibilidade e oferecendo alívio da dívida.  “Vocês representam os primeiros a
sofrer e os últimos a receber ajuda”, disse o chefe da ONU a representantes de
nações vulneráveis na COP26. “A solidariedade de que vocês precisam está em
falta. A solidariedade precisa emergir aqui, em Glasgow”, complementou.
Objetivos climáticos - De acordo com os dados mais recentes da Convenção Quadro
das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), as atuais Contribuições
Nacionalmente Determinadas (NDCs) resultariam em um aumento ainda catastrófico
da temperatura de até 2,7ºC.  Com os anúncios feitos nos últimos dias, Guterres
disse que "é difícil calcular" onde o mundo está agora, mas ele tem certeza de
que "muito mais ambição" é necessária das nações do G20, que coletivamente
respondem por 80% das emissões de carbono.     “A batalha para manter viva a
meta de 1.5ºC será vencida ou perdida nesta década”, alertou.   Segundo ele,
para manter esse objetivo vivo, todos os países e regiões devem se comprometer
com emissões líquidas zero e buscar metas concretas e confiáveis de curto
prazo.  “Exorto o Fórum dos Vulneráveis ao Clima a continuar a servir como
guardiãos da ambição climática”, concluiu.   Pequenos Estados Insulares - Também
na COP26, o presidente da Assembleia Geral, Abdulla Shahid, reuniu-se com chefes
de Estado e de governo da Aliança dos Pequenos Estados Insulares (AOSIS). 
Shahid destacou que nenhum outro grupo de países corre tanto risco de impacto
climático imediato e severo e nenhum outro está tão perto da linha de frente
quanto eles.  O oficial da Assembleia Geral também enfatizou que poucos foram
tão ambiciosos em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) quanto as
nações insulares.
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Notícias
03 novembro 2021
62 jornalistas foram mortos em 2020 apenas por fazerem seu trabalho
Apenas em 2020, 62 jornalistas foram mortos apenas por fazerem seu trabalho.
Entre 2006 e 2020, mais de 1.200 profissionais perderam a vida da mesma forma.
Em nove em cada dez desses casos, os assassinos ficam impunes. Os dados são da
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a
agência da ONU dedicada a proteger os trabalhadores da mídia, e foram destacados
no Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas,
celebrado em 2 de novembro. Este ano, por causa de estatísticas como essas, a
data reforça o importante papel desempenhado pelos serviços do Ministério
Público, responsáveis não apenas por levar os assassinos à justiça, mas também
por processar ameaças de violência. Em mensagem para o dia, o secretário-geral
da ONU, António Guterres, observou que muitos jornalistas perderam a vida
durante a cobertura do conflito, mas o número de profissionais da mídia mortos
fora das zonas de conflito aumentou nos últimos anos. Em muitos países, a
simples investigação de corrupção, tráfico, violações dos direitos humanos ou
questões ambientais coloca em risco a vida dos jornalistas, lembrou o chefe da
ONU. Ameaças incontáveis - Para Guterres, os crimes contra jornalistas têm um
enorme impacto na sociedade como um todo, porque impedem as pessoas de tomar
decisões informadas. Além disso, os jornalistas enfrentam inúmeras outras
ameaças, que vão desde sequestro, tortura e detenção arbitrária até campanhas de
desinformação e assédio, especialmente na esfera digital. A pandemia da COVID-19
e a sombra pandêmica da desinformação demonstraram que o acesso aos fatos e à
ciência é, de acordo com o chefe da ONU, “literalmente uma questão de vida ou
morte”. “Ameaçar esse acesso visando jornalistas envia uma mensagem perturbadora
que mina a democracia e o Estado de direito”, disse Guterres. Ameaças a mulheres
jornalistas – O secretário-geral também observou que as mulheres jornalistas
correm um risco particular. De acordo com o recente artigo da UNESCO, The
Chilling: Tendências globais na violência online contra mulheres jornalistas,
73% das jornalistas entrevistadas disseram ter recebido ameaças, intimidações e
insultos online relacionados ao seu trabalho. António Guterres exortou os
Estados-membros a se solidarizarem com os jornalistas de todo o mundo, mostrando
a vontade política necessária para investigar e processar esses crimes. Também
em comemoração à data, as Missões Permanentes da França, Grécia e Lituânia e o
Grupo de Amigos para a Proteção de Jornalistas, organizaram um evento, na sede
da ONU em Nova Iorque, para debater a questão do discurso de ódio e a segurança
das mulheres jornalistas. Em uma mensagem de vídeo para o evento, o presidente
da Assembleia Geral, Abdulla Shahid, pediu aos Estados-membros que reconheçam
que muitas vezes as jornalistas são afetadas de forma desproporcional, muitas
vezes devido a “misóginos que querem tornar o jornalismo inseguro para as
mulheres". “Temos a obrigação coletiva de lutar contra isso. Vamos fazer o
possível para garantir que o jornalismo permaneça seguro para as mulheres e
acabar com o assédio, o bullying e as ameaças que visam seu gênero”,
acrescentou. Acabe com a impunidade - A diretora-geral da UNESCO, Audrey
Azoulay, também marcou o dia com uma mensagem, dizendo que, para muitos
jornalistas, “dizer a verdade tem um preço”. Segundo ela, quando os ataques
contra jornalistas ficam impunes, o sistema legal e as estruturas de segurança
falharam com todos. “Os Estados, portanto, têm a obrigação de proteger os
jornalistas e de garantir que os autores dos crimes contra eles sejam punidos.
Os juízes e procuradores, em particular, têm um papel importante a desempenhar
na promoção de processos criminais rápidos e eficazes”, disse. Nos últimos anos,
a UNESCO treinou quase 23.000 funcionários judiciais, incluindo juízes,
promotores e advogados. O treinamento abrangeu os padrões internacionais
relacionados à liberdade de expressão e à segurança dos jornalistas, e deu
ênfase especial às questões de impunidade. Este ano, a campanha #EndImpunity
(#AcabeComAImpunidade) da agência está destacando alguns dos riscos específicos
que jornalistas enfrentam em sua busca para descobrir a verdade. “Apenas
permitindo que a verdade seja dita podemos fazer avançar a paz, a justiça e o
desenvolvimento sustentável nas nossas sociedades”, concluiu Azoulay. As
comemorações de 2021 também abriram caminho para o aniversário de 10 anos do
Plano de Ação das Nações Unidas para a Segurança de Jornalistas e a Questão da
Impunidade, que será comemorado em 2022. Novas ameaças digitais - Um grupo de
especialistas em direitos humanos da ONU também divulgou um comunicado, dizendo
que “as ameaças à segurança dos jornalistas, longe de diminuírem, assumiram
novas formas na era digital, especialmente para as jornalistas”. Segundo eles, a
falha em investigar e enfrentar os ataques online tem consequências na vida real
para as jornalistas, afetando sua saúde mental e física. Em casos extremos, as
ameaças online podem evoluir para violência física e até assassinato, como
mostrou o assassinato da jornalista maltesa Daphne Caruana Galizia. O grupo
reiterou o apelo por um mecanismo de investigação permanente a ser estabelecido
pelas Nações Unidas, valendo-se de especialistas internacionais independentes,
incluindo os dos Procedimentos Especiais e dos Órgãos do Tratado. Em um mundo
cada vez mais digitalizado, eles também pediram aos Estados-membros que garantam
que todos os jornalistas sejam livres para realizar seu trabalho vital, sem
ameaças, intimidação ou qualquer forma de represália online ou offline. A
declaração foi feita pela relatora especial para a liberdade de opinião e
expressão, Irene Khan, pelo relator especial sobre execuções extrajudiciais,
sumárias ou arbitrárias, Morris Tidball-Binz, e pela relatora especial
destacando a violência contra as mulheres, Reem Alsalem. Papel dos relatores da
ONU - Os relatores especiais são nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos da
ONU para monitorar questões específicas relacionadas ao cumprimento dos direitos
humanos. Eles não são funcionários da ONU, nem recebem um salário da
Organização.  Os relatores especiais fazem parte do que é conhecido como
Procedimentos Especiais do Conselho de Direitos Humanos, são independentes de
qualquer governo ou organização e atuam em sua capacidade individual.
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Notícias
03 novembro 2021
Escalada da violência na Etiópia preocupa autoridades da ONU
O secretário-geral da ONU, António Guterres, está extremamente preocupado com a
escalada da violência na Etiópia e a recente declaração de estado de emergência
no país.  Em um comunicado divulgado na terça-feira (02), em Nova Iorque, seu
porta-voz disse que "a estabilidade da Etiópia e de toda a região está em
jogo".   Guterres reiterou seu apelo para a cessação imediata das hostilidades e
acesso humanitário irrestrito para prestar assistência urgente para salvar vidas
nas regiões em conflito no norte do país, Tigray, Amhara e Afar.   O chefe da
ONU também pediu por “um diálogo nacional inclusivo para resolver esta crise e
criar a base para a paz e estabilidade em todo o país”. Outras agências da ONU
também demonstraram extrema preocupação com a situação, foi o caso do Escritório
das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) e do Escritório
do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), que
divulgou um relatório detalhado sobre a situação nesta quarta-feira (03). 
Resposta humanitária - De acordo com a última atualização do Escritório das
Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), divulgada na
segunda-feira (01), a situação geral no norte do país “permanece imprevisível,
volátil e altamente tensa”.  O combustível para operações humanitárias não chega
em Tigray desde o início de agosto, forçando a maioria dos parceiros
humanitários a reduzir significativamente ou suspender suas atividades.  Além da
falta de combustível, as atividades ficam comprometidas pela falta de
suprimentos, dinheiro, serviços bancários e comunicações. A ONU e seus parceiros
só conseguem dar continuidade à resposta em pequena escala em algumas áreas.  Na
verdade, nenhum comboio com suprimentos entrou em Tigray desde 18 de outubro.
Como resultado, a resposta nutricional para crianças e mulheres diminuiu em
Tigray em pelo menos 50%. Conflito se expandindo - Com a expansão do conflito, a
situação humanitária nas regiões vizinhas a Tigray, Afar e Amhara continua a
piorar. Os combates em curso estão impedindo a entrega de assistência e causando
deslocamento, perturbação dos meios de subsistência e insegurança alimentar. 
Desde que os combates começaram no início de novembro de 2020 entre as tropas do
governo e as forças regionais leais à Frente de Libertação do Povo Tigray
(TPLF), os refugiados também têm chegado a pontos remotos da fronteira que levam
horas para chegar das cidades mais próximas no Sudão. Muitos são mulheres e
crianças. A maioria saiu quase sem pertences e chegou exausta de caminhar longas
distâncias em terrenos acidentados.  Cerca de 45.449 refugiados do Tigray da
Etiópia fugiram para o Sudão, e 96 mil refugiados da Eritreia estão hospedados
na região. Antes desta crise, já havia cerca de 100 mil deslocados internos em
Tigray. Teme-se que milhares de pessoas morreram no norte, em meio a denúncias
de abusos generalizados dos direitos humanos por todos os lados, com mais de
dois milhões sendo forçados a fugir de suas casas. Nos últimos meses, as
necessidades humanitárias aumentaram, em meio a assassinatos, saques e
destruição de centros de saúde e infraestrutura agrícola, incluindo sistemas de
irrigação que são vitais para o esforço de produção.  A insegurança alimentar
aguda está afetando até 7 milhões de pessoas em toda a Etiópia. Apenas em
Amhara, 852 mil pessoas foram alcançadas com ajuda alimentar desde agosto.
Investigação - Uma investigação conjunta da Comissão de Direitos Humanos da
Etiópia (EHRC) e do Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da
ONU (ACNUDH) concluiu que há motivos razoáveis para acreditar que todas as
partes no conflito em Tigray cometeram, em vários graus, violações dos direitos
humanos internacionais, do direito humanitário e dos refugiados, algumas das
quais podem representar crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Em um
relatório publicado nesta quarta (03), que examina o impacto devastador que o
conflito teve sobre os civis, a Equipe de Investigação Conjunta (JIT) detalha
uma série de violações e abusos, incluindo homicídios e execuções
extrajudiciais, tortura, violência sexual e de gênero, violações contra
refugiados e deslocamento forçado de civis. “À medida que o conflito se expande
com mais relatórios de violações e abusos, este documento apresenta uma
oportunidade para todas as partes reconhecerem a responsabilidade e se
comprometerem com medidas concretas de responsabilização, reparação para as
vítimas e a busca de uma solução sustentável para acabar com o sofrimento de
milhões,” afirmou o comissário-chefe da EHRC,  Daniel Bekele. O relatório se
baseia em quase 270 entrevistas confidenciais com vítimas e testemunhas e mais
de 60 reuniões com funcionários federais e regionais. Ele cobre o período de 3
de novembro de 2020, quando começou o conflito armado entre a Força de Defesa
Nacional da Etiópia (ENDF), a Força de Defesa da Eritreia (EDF), as Forças
Especiais de Amhara (ASF), o Amhara Fano e outras milícias de um lado, e as
Forças Especiais de Tigray (TSF), a milícia de Tigray e outros grupos aliados
por outro, até 28 de junho de 2021, quando o governo etíope declarou um
cessar-fogo unilateral. Peso sobre os civis - A alta comissária do ACNUDH, 
Michelle Bachelet, destacou que o documento mostra “o terrível peso do conflito
em Tigray sobre os civis”. Bachelet teme que “essas terríveis violações e abusos
ainda estejam acontecendo, baseada nos relatos que estão surgindo”. O apelo da
chefe dos direitos da ONU seguiu-se à declaração de um amplo estado de
emergência na Etiópia, em meio a relatos de que as forças de Tigray haviam feito
novos avanços na região vizinha de Amhara, e outras notícias de bombardeios na
capital de Tigray, Mekelle, por forças do governo etíope. “Civis em Tigray foram
submetidos a violência e sofrimento brutais”, disse ela a jornalistas em
Genebra, no lançamento do relatório sobre o conflito. “Estou profundamente
preocupada porque, em um ponto já crítico, um amplo estado de emergência foi
declarado na Etiópia. Isto corre o risco de agravar uma situação de direitos
humanos já muito grave no país. Outras restrições ao acesso também podem levar
uma situação humanitária já extremamente difícil ao limite ”, concluiu.
Bombardeios matam crianças - O documento confirma assassinatos e ataques
indiscriminados, além da situação humanitária no país, com milhões de pessoas
sofrendo de insegurança alimentar. O Escritório de Direitos Humanos da ONU
recebeu alegações de ataques aéreos e bombardeios realizados nas últimas semanas
pelas Forças Nacionais de Defesa Etíopes.   No dia 18 de outubro, três meninos
que estavam cuidando de gado foram mortos e oito civis ficaram feridos quando um
ataque aéreo atingiu uma fazenda a 15 km de Mekelle. Em um outro ataque, no dia
28 de outubro, seis civis, incluindo duas crianças, morreram.  Há também relatos
de abusos cometidos pelas Forças Especiais de Tigray, que estariam mantendo
presas 87 pessoas em um mesmo centro de detenção, acusadas de assassinatos e de
ligação com o governo federal.  Fuga sem sucesso - Em outro centro de detenção,
estariam presos quase 5,7 mil soldados das Forças Nacionais, incluindo mulheres,
duas crianças e 28 grávidas. Seis homens e três mulheres morreram por falta de
tratamento médico.   O relatório destaca ainda que em julho, 90 pessoas que
tentaram escapar de Tigray para o Sudão foram atingidas por balas disparadas
pelas forças de Amhara, milícia Fano e pelas Forças Nacionais de Defesa Etíopes.
Alguns dias depois, foram encontrados 39 corpos no rio Setit-Tekeze.   Já na
região de Amhara, conflitos liderados pelas forças de Tigray causaram grande
deslocamento de pessoas e execuções sumárias em Kombolcha. Em setembro deste
ano, 205 civis foram mortos por soldados das forças de Tigray.   O Escritório de
Direitos Humanos também confirma que 19 mulheres e 13 meninas foram estupradas
por integrantes das Forças de Tigray, somente no início de setembro.   As Forças
Especiais de Tigray entraram na região de Afar em julho, onde lutaram até
setembro. Entre os vários incidentes ocorridos no período, o relatório destaca o
assassinato de mais de 200 civis quando um centro de saúde e uma escola foram
bombardeados. Metade eram crianças.  Sobre o conflito na Etiópia - O conflito
começou em 4 de novembro de 2020, quando o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed,
ordenou uma ofensiva militar contra as forças regionais em Tigray, colocando o
país em uma situação instável e repleta de insegurança.  Desde então, os
combates vêm desestabilizando o país africano deixando milhares de pessoas
mortas, deslocadas e outras 350 mil vivendo em situação de fome. Todos os lados
do conflito foram acusados de atrocidades. Lutas pelo poder, eleições locais e
uma pressão por reformas políticas estão entre os vários fatores que levaram à
crise.
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