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Saltar para conteúdo principal Bem-vindo às Nações Unidas * * Portuguese, Brazil UN Logo Nações Unidas Brasil Nações Unidas Brasil Encontre dados, recursos, notícias e mais... Submit search * Sobre * Sobre a ONU * As Nações Unidas no Brasil * Entidades das Nações Unidas no Brasil * Escritório do/a Coordenador/a Residente * Nossa equipe no Brasil * Contate-nos * Grupo de Desenvolvimento Sustentável * Nosso trabalho * Objetivos de Desenvolvimento Sustentável * Faça a sua parte * Histórias * Recursos * Publicações * Vídeos * Centro de Imprensa * Notícias * Discursos * Contatos para a imprensa 01 História PARA EX-DIRETOR DA OIT, ONU É ORGANIZADORA DO PENSAMENTO DA CIVILIZAÇÃO Hoje aposentado, João Alexim liderou projetos pioneiros para o mercado de trabalho Leia mais 1 / 3 Anterior Próxima 02 76 anos de história da ONU em uma vida 02 História 76 ANOS DE HISTÓRIA DA ONU EM UMA VIDA O veterinário Milton Thiago de Mello tem 105 anos. Na véspera do aniversário das Nações Unidas, conheça a história de vida de quem acompanha a vida da ONU. Leia mais 2 / 3 Anterior Próxima 03 Escutar, conversar e entender para transformar: as lições de Mena para a ONU 03 História ESCUTAR, CONVERSAR E ENTENDER PARA TRANSFORMAR: AS LIÇÕES DE MENA PARA A ONU A brasileira que trabalhou com jovens durante a guerra da Bósnia e Herzegovina Leia mais 3 / 3 Anterior Próxima 01 Para ex-diretor da OIT, ONU é organizadora do pensamento da civilização ÚLTIMAS Notícias 03 novembro 2021 Observatório para impulsionar redução nas emissões de metano é lançado Saiba mais Notícias 03 novembro 2021 ‘Clima de medo’ prevalece para os defensores dos direitos humanos no Afeganistão Saiba mais Notícias 03 novembro 2021 Guterres insta países desenvolvidos a apoiar nações vulneráveis ao clima Saiba mais ÚLTIMAS Notícias 03 novembro 2021 ‘Clima de medo’ prevalece para os defensores dos direitos humanos no Afeganistão Saiba mais Notícias 03 novembro 2021 Guterres insta países desenvolvidos a apoiar nações vulneráveis ao clima Saiba mais Notícias 03 novembro 2021 Observatório para impulsionar redução nas emissões de metano é lançado Saiba mais Notícias 03 novembro 2021 ‘Clima de medo’ prevalece para os defensores dos direitos humanos no Afeganistão Saiba mais Notícias 03 novembro 2021 Guterres insta países desenvolvidos a apoiar nações vulneráveis ao clima Saiba mais Notícias 03 novembro 2021 Observatório para impulsionar redução nas emissões de metano é lançado Saiba mais Notícias 03 novembro 2021 ‘Clima de medo’ prevalece para os defensores dos direitos humanos no Afeganistão Saiba mais Notícias 03 novembro 2021 Guterres insta países desenvolvidos a apoiar nações vulneráveis ao clima Saiba mais OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO BRASIL Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil. sdg-1 sdg-2 sdg-3 sdg-4 sdg-5 sdg-6 sdg-7 sdg-8 sdg-9 sdg-10 sdg-11 sdg-12 sdg-13 sdg-14 sdg-15 sdg-16 sdg-17 Saiba mais Histórias Notícias História 29 outubro 2021 Para ex-diretor da OIT, ONU é organizadora do pensamento da civilização Poucas áreas passaram por mudanças tão bruscas nos últimos 40 anos quanto o mercado de trabalho. A formação dos profissionais, a concorrência entre seres humanos e tecnologia, além de crises econômicas transformaram não só o cotidiano de trabalhadores e empregadores, como também das organizações nacionais e internacionais que regem o setor. O tsunami de mudanças, no entanto, parece não abater o ex-diretor do escritório de Brasília da Organização Internacional do Trabalho (OIT), João Carlos Alexim. Do alto de seus 84 anos, o que mantém estável a fé do ex-funcionário é a missão da Organização de ser uma referência para a civilização e não uma instituição que resolve problemas por si só. “Para mim, as Nações Unidas continuam a ser o centro fundamental da organização do pensamento humano e da civilização, mesmo com todas as críticas que muitas vezes são imputadas a ela de forma errônea”, diz o aposentado. “Ela oferece uma referência dos valores fundamentais dos seres humanos em áreas como cultura, convívio, diplomacia. Sem as Nações Unidas seria o caos. E trabalhar oferecendo um exemplo, em conjunto, já é um esforço inacreditável”, pontua. De exemplo, Alexim entende. Ingressou no sistema ainda nos anos 1980 com a missão de liderar o Centro Interamericano para o Desenvolvimento do Conhecimento na Formação Profissional. Passou 14 anos em Montevidéu ajudando a estreitar relações entre empresários, governos e instituições de ensino em toda América Latina, a fim de reduzir a dependência do continente da formação profissional e tecnologia estrangeiras, capacitando trabalhadores em todos as nações da região. De lá, voltou para chefiar o escritório brasileiro da OIT, uma missão que lhe rendeu projetos pioneiros nas áreas de combate à exploração do trabalho infantil, igualdade de oportunidade de empregos e equidade salarial para negros e mulheres, além de implementar ferramentas de produtividade inéditas no país como a certificação profissional, mecanismo hoje adotado por todo o mercado de trabalho. Sociólogo, Alexim acredita que todos esses importantes avanços ajudaram a moldar as relações de trabalho, item que ele julga ser primordial para a felicidade das nações e cidadãos. “Famílias são desestruturadas em funções de políticas ruins de emprego”, avalia. No entanto, o ex-diretor reconhece que os novos desafios globais colocam em xeque o trabalho feito até o momento. “O que instituições como a OIT podem garantir coletivamente, quando assistimos uma corrente anti-multilateralismo, que trabalha pelo individual, ganhar força? Neste cenário, instituições como a OIT precisam se agarrar a questões sociais fundamentais, como por exemplo, a causa do trabalho e não do emprego. O trabalho tem muitas formas de se apresentar e uma delas é através do emprego”. Voltar aos valores fundamentais e oferecer este exemplo parece ser a saída para os desafios modernos. Também presidente emérito da Associação dos Antigos Funcionários Internacionais das Nações Unidas do Brasil (AAFIB), Alexim é enfático ao dizer que os valores que fundaram a organização continuam relevantes nos tempos atuais. “O individualismo tem corroído as estruturas, fazendo com que a OIT e a ONU percam seus correspondentes nos governos locais. No meu entender, este é o principal confronto que a sociedade ocidental tem de enfrentar atualmente. Entendendo que esta organização é um órgão que assume o poder transferido pelas nações. Ela é a soma das partes e, portanto, maior que as nações individualmente”, conclui. Aniversário - A ONU completou 76 anos em 24 de outubro. Para marcar a data, a ONU Brasil contou semanalmente a trajetória profissional de pessoas que ajudaram a construir a história da instituição no país. Leia mais 1 of 5 História 22 outubro 2021 76 anos de história da ONU em uma vida “O mundo depois da pandemia vai ser diferente – o planeta foi forçado a dar uma freada de arrumação, e disso vai nascer um mundo novo”. A previsão é de Milton Thiago de Mello, e ele fala com propriedade: aos 105 anos de idade, a pandemia de COVID-19 é a segunda que Milton atravessa. Além de duas pandemias – gripe espanhola e COVID-19 -, Milton assistiu a duas guerras mundiais e incontáveis outros conflitos; morou em muitas cidades e países diferentes e conheceu boa parte do mundo; viu a ciência avançar – e deu sua significativa contribuição para isso; testemunhou o nascimento e, eventualmente, o esgotamento de diversas instituições. Uma dessas instituições que ele viu nascer e com a qual contribuiu desde o princípio foi a Organização das Nações Unidas. Quando a ONU foi criada, em 1945, Milton estava prestes a completar 30 anos de idade e já tinha uma sólida carreira como veterinário e cientista. Ele é testemunha dos 76 anos da instituição que ajudou a construir. Milton estudou na Escola de Veterinária do Exército, no Rio de Janeiro, e desde cedo se destacou pela aptidão para a pesquisa e a ciência e por seu compromisso com o bem-estar animal. Trabalhou em diferentes laboratórios do Exército e, na década de 1940, serviu no Instituto Militar de Biologia, onde preparou o soro antitetânico utilizado pelos combatentes brasileiros durante a Segunda Guerra Mundial. Atuou no Instituto Oswaldo Cruz – hoje Fundação Oswaldo Cruz – por mais de 20 anos e foi professor do Colégio Militar do Rio de Janeiro também por duas décadas. Em 1974, foi trabalhar na área de biologia e primatologia da Universidade de Brasília. Milton foi pioneiro na pesquisa sobre doenças que afetam animais e seres humanos, numa época em que o conceito de zoonose ainda não estava tão difundido. Sua pesquisa na área de brucelose, doença infecciosa que afeta o gado e a saúde humana, o aproximou da Organização Pan-Americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS). Seu primeiro trabalho com a OPAS/OMS foi ainda em 1948, na Argentina. Quando entrou para a reserva do Exército, começou a trabalhar também com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A colaboração com diferentes entidades das Nações Unidas o levou para Guatemala, Estados Unidos, México, Peru, Colômbia, República Dominicana e El Salvador, entre outros. Neste último, conheceu a médica psiquiatra Angela de Mello, sua esposa desde 1963. Foram muitos anos de colaboração intensa e, apesar do status de aposentado, Milton nunca se desligou totalmente do trabalho como pesquisador e cientista. Os títulos, honrarias e homenagens também foram muitos ao longo da extensa carreira. “Passei de faroleiro a farol”, resume ele. Com a lucidez e o bom humor intocados pelo passar dos anos, Milton segue acompanhando o desenvolvimento da biologia e veterinária, os rumos do país e do mundo e a atuação das Nações Unidas, com especial atenção para os esforços de paz. “A ação pacificadora da ONU foi a mais importante contribuição da instituição”, afirma. “Tenho a impressão de que, sem a ONU, o mundo estaria hoje mergulhado em guerras por conquista de mercados”, avalia. “Acompanhei toda a história das Nações Unidas. Depois da Guerra, faltava um elemento que congregasse os países, e esse elemento foi a ONU, graças inclusive à atuação do Brasil”, relata. “Existe a tendência humana para associar-se, isso é biológico. A ONU faz essa associação no plano macro, universal”, conclui. Aniversário - A ONU completa 76 anos no próximo dia 24 de outubro. Para marcar a data, a ONU Brasil conta semanalmente a trajetória profissional de pessoas que ajudaram a construir a história da instituição no país. Leia mais 1 of 5 História 15 outubro 2021 Escutar, conversar e entender para transformar: as lições de Mena para a ONU Segunda é dia de feira para Mena. Hoje, quem vê a sacola com os hortifrutis sendo carregada pelas travessas do Araújo -- pequena ilha a dez quilômetros da cidade histórica de Paraty, no Rio de Janeiro —sequer desconfia que pouco menos de três décadas atrás a aposentada lutava para esconder um mísero tomate na bolsa. Era no trajeto mensal entre Paris e Sarajevo, capital da Bósnia e Herzegovina, que ela tinha a única oportunidade para comer frutas e verduras frescas, em 1994. “Voltava com o tomate na bagagem e nunca vi um render tanto. Usávamos a técnica espanhola: esfregar as poucas fatias no pão, só para passar um pouco do gostinho”, lembra Mena. O apelido encurta um nome comprido: Maria Helena Fernandes da Trindade Henriques Mueller. A preferência pela versão curta, tanto na vida profissional quanto pessoal, segue a mesma “escola” de simplicidade e informalidade adotada pelo colega de operações em Sarajevo, Sérgio Vieira de Mello. Enquanto o mais famoso diplomata brasileiro participava das negociações para colocar fim à guerra que vitimou mais de 97 mil pessoas, Mena carregava a complexa missão de unir os três grupos em conflito, através de uma identidade cultural que pudesse ser compartilhada e que mudasse a imagem da tragédia. Oficialmente, era chefe do escritório emergencial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) na Bósnia e Herzegovina. Na prática, o espaço que Mena tinha para carregar tomates era limitado porque a bagagem incluía câmeras, microfones e todo o resto necessário para montar uma emissora de televisão local em plena guerra. Além disso, os aviões transportavam artistas, jornalistas, ativistas e educadores que tinham como missão provar ao povo iugoslavo e ao resto do mundo que ainda havia vida no país conflagrado e que essa vida precisava ser apoiada. “Quando chegamos ao país era difícil convencer as pessoas que elas não estavam mortas. Sobretudo os jovens. Era um trabalho psicológico enorme incentivá-los a continuarem mantendo suas vidas e com esperança suficiente para construir algo”. Os 14 meses que Mena passou na guerra a convenceram de que, de volta a Paris, deveria dedicar seus esforços para promover projetos dedicados a juventude-- grupo que ela considerava concentrar o maior número de vítimas do conflito no leste europeu. Entre 1995 e 2007, a doutora em demografia pela Universidade de Harvard coordenou as atividades da UNESCO para juventude e chefiou a seção de juventude, dentro do Departamento de Planejamento Estratégico da mesma instituição, cargos que ocupou até se aposentar. O ápice destas atividades foi em 2005, quando comandou por 10 meses o pavilhão das Nações Unidas na Exposição Universal, na província japonesa de Aichi. Ao longo da carreira, Mena organizou dezenas de fóruns regionais e mundiais, desenvolveu indicadores específicos para a população jovem e projetos que os uniram em torno de causas geracionais. “Por um bom tempo, a UNESCO passou a ser uma espécie de decana da juventude, pela maneira como conseguimos engajar esses grupos em torno de grandes causas e por contarmos com equipes multidisciplinares para tratar destes assuntos. Hoje sabemos que a juventude é movida por causas e até então não tínhamos como medir o impacto disso, porque não existiam relatórios específicos que tratassem desse tipo de ação”, conta. A forma de trabalhar com equipes de diferentes áreas de conhecimento e em vários idiomas a fim de obter mais de uma solução e perspectiva para desafios globais está no centro do trabalho que Mena realizou dentro do sistema da ONU e faz parte dos valores da própria instituição. É por isso que no mês de aniversário das Nações Unidas, a ex-funcionária - que tem a mesma idade da Organização - celebra o multilateralismo e a missão de promover a diplomacia. “Trabalhar na ONU me mostrou que não há uma verdade fundamental. Cada cultura, cada pessoa, enxerga a realidade de uma forma diferente. E daí a importância de conversar, escutar e entender para poder transformar. Este é um ingrediente fundamental para o staff que é formado dentro do sistema e que levamos para a vida. Sabemos o poder da escuta e da gratidão”, explica. Diante dos desafios que o mundo enfrenta atualmente, Mena acredita que instituições multilaterais como a ONU terão seu protagonismo e liderança reafirmados. “O psiquiatra que incendiou a biblioteca de Sarajevo, Radovan, costumava dizer que a Bósnia marcaria o fim das Nações Unidas. A Organização mostrou sua resiliência lá e continua nos mostrando que, mesmo com queixas e desafios maiores, é fundamental que exista um organismo multilateral com vontade e compromisso para liderar as renovações necessárias em um mundo tão conturbado”, completa. Aniversário - A ONU completa 76 anos no próximo dia 24 de outubro. Para marcar a data, a ONU Brasil conta semanalmente a trajetória profissional de pessoas que ajudaram a construir a história da instituição no país. Leia mais 1 of 5 História 08 outubro 2021 A ambientalista que abriu caminhos para as mulheres na ONU no Brasil “Fui uma das primeiras funcionárias da ONU a começar a carreira como servidora local e migrar para a carreira internacional, e depois me aposentei como chefe de agência, o que para uma mulher ainda era raro”. Assim Cristina Montenegro resume seus 30 anos de carreira nas Nações Unidas. “Eu abri caminho para muitas mulheres no Sistema ONU”. Foi a habilidade com idiomas que levou Cristina a buscar, ainda na década de 1980, uma vaga nas Nações Unidas, uma das poucas áreas de trabalho em Brasília que na época valorizava o conhecimento de outras línguas. Formada em inglês e literatura inglesa pela Universidade de Brasília, Cristina começou a trabalhar no Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) em 1981. Dois anos depois migrou para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A trajetória que começou por uma aptidão com línguas logo se tornou o caminho de uma ambientalista. Em 1990, a ONU começou a se preparar para a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, mais conhecida como Rio-92 ou Cúpula da Terra. Foi criada uma área de meio ambiente na estrutura do PNUD, onde Cristina assumiu a função de oficial de programas, juntamente com uma equipe de assessores com experiência no tema. “O PNUD trabalhou ativamente em toda a preparação da Rio-92, desde a logística até as negociações”, conta. Quando a Conferência acabou e com o destaque que o tema adquiriu na década de 1990, Cristina seguiu coordenando a área de meio ambiente da instituição. Para ampliar seus conhecimentos, voltou a estudar e fez um mestrado em relações internacionais, e seu objeto de estudo foi a governança ambiental. “Vivemos a época dourada da cooperação internacional. Tivemos a oportunidade de fazer um trabalho interessante no Brasil e o país acabou se tornando referência nos modelos de administração de projetos, em inovação”, relata. Em 1998, a transição para a carreira internacional: Cristina foi trabalhar no escritório regional do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) na Cidade do México. Depois de cinco anos como diretora regional adjunta, voltou ao Brasil para abrir o primeiro escritório do PNUMA em um país. “Até então, o PNUMA trabalhava por meio da sede, em Nairóbi, e de uma rede de escritórios regionais. O escritório do Brasil foi o primeiro a ser aberto para atender a um único país, e depois foi seguido por China e Rússia”. Cristina dirigiu o escritório local do PNUMA de 2004 a 2011, quando se aposentou. Em sua avaliação, a área de meio ambiente avança como se estivesse numa montanha russa: “Partimos de uma época em que pouco se falava sobre meio ambiente, tomamos impulso em 92 com a conferência no Rio, e o tema saiu fortalecido, as instituições foram fortalecidas”. No entanto, segundo ela, aos poucos esse impulso foi se arrefecendo, e a atuação da ONU e dos países nessa área foi se concentrando em temas específicos, como biodiversidade e clima. “A ONU fez grandes contribuições ao mundo e ao Brasil, mais especificamente. Só para citar alguns exemplos: o avanço da aeronáutica, o desenvolvimento da Embraer, a formação de controladores de voo, o crescimento da Embrapa e o programa de HIV/Aids receberam apoio das Nações Unidas. E o Brasil deu uma grande contribuição ao sistema Nações Unidas ao inovar nos modelos de gestão e cooperação”. Apesar de estar afastada da instituição há uma década, ela segue acompanhando o trabalho da ONU. “Ataques à ONU me tocam muito diretamente. Já estive dos dois lados do balcão – já trabalhei aqui no Brasil, mas também na arena internacional. Então sei como funciona o sistema de chegar a consensos, de estabelecer políticas, como viabilizar agendas e recursos. Como conheço as dificuldades da ONU por dentro, quando vejo críticas desinformadas me incomodo muito”, conta. Para Cristina, o papel da ONU continua extremamente relevante. “Existem situações em que o mundo só tem a ganhar com o multilateralismo. Para resolver questões como mudanças climáticas, por exemplo, não adianta que um ou outro país se engaje, é preciso ter um organismo multilateral para dar conta de abordar o alcance e a complexidade desse e de outros desafios. Não existe ainda quem possa intervir com eficiência como as Nações Unidas podem”, conclui. Aniversário - A ONU completa 76 anos no próximo dia 24 de outubro. Para marcar a data, a ONU Brasil contará semanalmente a trajetória profissional de quatro pessoas que ajudaram a construir a história da instituição no país. Leia mais 1 of 5 História 17 setembro 2021 Internet e estudo conectam sonhos de jovens nas periferias brasileiras Aos 16 anos, Vitória é comunicativa e acredita que somente dedicação e estudo poderão mudar a realidade de sua vida num conjunto de moradia popular ao lado de Paraisópolis, a maior favela da maior cidade brasileira. Aos 17 anos e muito tímido, Wesley está vendo sua vida se transformar graças ao ensino aliado à tecnologia. Ambos moram em bairros periféricos da zona sul de São Paulo e participam do programa Trilhas Digitais, iniciativa do UNICEF que incentiva o acesso à internet para ajudar no aprendizado de jovens e adolescentes. Vitória Lohanna Mendes Tavares já fez cursos e oficinas de administração, jornalismo, fotografia, percussão, caratê e artesanato. “Quando você está na quebrada (gíria para periferia), você tem que se esforçar duas vezes mais. Se eu não correr atrás, ninguém vai correr por mim”, avalia. Na pandemia, a estudante teve o aprendizado prejudicado pelo regime de ensino a distância das escolas estaduais. Participando do Trilhas Digitais, iniciativa do UNICEF em parceria com o Instituto Tellus e a British Telecom, ela voltou a estudar e a participar tanto das aulas regulares quanto de outras atividades, usando o celular cedido pela iniciativa. “Como o Trilhas tem como propósito nos ajudar a resolver problemas da comunidade por meio da tecnologia, ele nos ajudou a pensar em soluções para o território”, explica. O projeto de Vitória, chamado Horta Real, pretende transformar os espaços públicos abandonados do bairro em hortas comunitárias. A ideia inclui até um curso para os vizinhos. “Por causa da pandemia, muita gente perdeu o emprego. A horta surgiu como uma oportunidade para gerar renda para a comunidade e, também, incentivar o acesso à alimentação saudável”, explica. Segurança e confiança - Na Chácara Flórida falta internet, saneamento básico e asfalto. Ali Wesley Monteiro da Silva conheceu a iniciativa que incentiva o acesso à tecnologia para promover o aprendizado e a formação de jovens e adolescentes. Ele se interessou por programação. A superação da timidez, a descoberta da tecnologia como um interesse profissional e educacional e as lições aprendidas serviram de referência para Wesley pensar no seu futuro e no lugar onde vive. Ele desenvolveu o projeto Segurança na Periferia, que orienta moradores de regiões periféricas a encarar abordagens policiais através de um aplicativo e um site que explicam direitos e deveres, tanto de policiais como de cidadãos nessas ocasiões. A ideia é diminuir os índices de violência policial e tornar as relações entre moradores e policiais mais amistosas e pacíficas. “Na escola, eu sempre fui aquele menino que ficava lá atrás na hora de apresentar os projetos. Agora, eu me sinto mais preparado e confiante”, relata o rapaz. “Eu tenho o sonho de abrir uma ONG, de ensinar programação para jovens de favela também. Quero que eles tenham oportunidades. Na periferia existe muita gente inteligente, que é esforçada, gente que faz tudo, mas por falta de material, de oportunidade, não consegue mudar de vida. Eu quero mostrar que dá para mudar”, afirma, cheio de esperança. Leia mais 1 of 5 Ver todas Notícias 03 novembro 2021 Observatório para impulsionar redução nas emissões de metano é lançado Uma nova iniciativa para reduzir as emissões de metano - um poderoso gás de efeito estufa responsável por pelo menos um quarto do aquecimento global - foi lançada no domingo (31) pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), durante a reunião do G20 em Roma, em paralelo ao primeiro dia da Conferência do Clima da ONU (COP26) em Glasgow. Apoiado pela União Europeia (UE), o Observatório Internacional de Emissões de Metano (IMEO) é uma iniciativa para melhorar a precisão dos relatórios e a transparência pública das emissões antropogênicas, como são chamadas as emissões causadas pela atividade humana. Inicialmente, o Observatório se concentrará nas emissões de metano do setor de combustíveis fósseis, antes de se expandir para outros setores importantes de produção, como agricultura e resíduos. O IMEO fornecerá os meios para priorizar ações e monitorar os compromissos assumidos por atores estatais no Compromisso Global do Metano - um esforço de mais de 30 países, liderado pelos Estados Unidos e pela União Europeia, para reduzir as emissões de metano em 30% até 2030. Um vilão do clima - Para permanecer no caminho certo para alcançar a meta do Acordo de Paris de limitar as mudanças climáticas a 1,5°C, o mundo precisa reduzir quase pela metade as emissões de gases de efeito estufa até 2030. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) observa que se o mundo quiser atingir a temperatura de 1,5°C meta, profundas reduções de emissões de metano devem ser alcançadas ao longo deste tempo. “Conforme destacado pelo IPCC, se o mundo quiser realmente evitar os piores efeitos das mudanças climáticas, precisamos cortar as emissões de metano da indústria de combustíveis fósseis”, destacou a diretora executiva do PNUMA, Inger Andersen, no lançamento do Observatório. O metano lançado diretamente na atmosfera é mais de 80 vezes mais potente do que o CO2 em um horizonte de 20 anos. No entanto, como a vida útil do metano na atmosfera é relativamente curta - 10 a 12 anos - as ações para cortar as emissões de metano podem produzir a redução mais imediata na taxa de aquecimento, ao mesmo tempo que proporcionam benefícios para a qualidade do ar. De acordo com a Avaliação Global de Metano do PNUMA-CCAC publicada recentemente, reduções líquidas de metano baixas ou zero poderiam reduzir 0,28 °C do aumento previsto do planeta na temperatura média até 2050, quase reduzindo pela metade as emissões antropogênicas de metano. Reduções lado a lado - Mas, segundo a chefe do PNUMA, essas reduções por si só não representam um "passe livre". “Reduções de metano devem ser acompanhadas de ações para descarbonizar o sistema energético”, insistiu Andersen. Como a indústria de combustíveis fósseis é responsável por um terço das emissões antrópicas, é o setor com maior potencial de redução. O metano desperdiçado, o principal componente do gás natural, é uma fonte valiosa de energia que pode ser usada para abastecer usinas ou residências. Compartilhamento de dados - O Observatório produzirá um conjunto de dados públicos globais de emissões de metano verificadas empiricamente - começando com o setor de combustíveis fósseis - em um nível crescente de granularidade e precisão, integrando dados principalmente de quatro fluxos: relatórios da Oil and Gas Methane Partnership 2.0 (OGMP 2.0), dados de medição direta de estudos científicos, dados de sensoriamento remoto e inventários nacionais. Isso permitirá que a IMEO envolva empresas e governos em todo o mundo para utilizar esses dados para direcionar ações de mitigação estratégica e apoiar opções de políticas baseadas na ciência, em consonância com o Compromisso Global do Metano.. Críticos para esse esforço são os dados coletados por meio do OGMP 2.0, lançado em novembro de 2020 no âmbito da Climate and Clean Air Coalition. OGMP 2.0 é a única estrutura de relatório abrangente baseada em medição para o setor de petróleo e gás, e suas 74 empresas membros representam muitas das maiores operadoras do mundo em toda a cadeia de valor, com ativos que representam mais de 30 por cento de todo o petróleo e produção de gás. Primeiro relatório - No relatório "De olho no metano", divulgado durante o lançamento, o Observatório explica a necessidade de uma entidade independente e confiável para integrar várias fontes de dados. O relatório também inclui uma análise enviada pelas empresas da OGMP 2.0, na qual a maioria delineou metas ambiciosas de redução para 2025. Das 55 empresas que estabeleceram objetivos, 30 cumpriram ou excederam as metas recomendadas de redução de 45% ou intensidade de metano quase zero, e 51 submeteram planos que oferecem confiança de que a precisão de seus dados irá melhorar nos próximos 3-5 anos. Organizado pelo PNUMA, o IMEO tem um orçamento de 100 milhões de euros ao longo de cinco anos. Para manter sua independência e credibilidade, o Observatório não receberá financiamento do setor e será inteiramente financiado por governos e entidades filantrópicas, com recursos básicos fornecidos pela Comissão Europeia como membro fundador. Leia mais 1 of 5 Notícias 03 novembro 2021 ‘Clima de medo’ prevalece para os defensores dos direitos humanos no Afeganistão A relatora especial da ONU para defensores dos direitos humanos, Mary Lawlor, disse que no Afeganistão o grupo vive “em clima de medo, ameaças, intensa insegurança e desespero crescentes”. Em publicação lançada nesta quarta-feira (2), em Genebra, a especialista das Nações Unidas pediu uma resposta urgente e coordenada da comunidade internacional perante o que considera uma “ameaça muito real”. “Os defensores me contam sobre ameaças diretas, incluindo ameaças de gênero contra mulheres, de espancamentos, prisões, desaparecimentos forçados e de defensores sendo mortos. Eles descrevem viver em um clima de medo constante”, relatou Lawlor. Os que correm maior risco são as pessoas que documentam alegados crimes de guerra, em particular mulheres, advogados criminais, defensores dos direitos culturais, especialmente aqueles que trabalham em setores proibidos, como apresentações musicais, e outros pertencentes a grupos minoritários. Alguns disseram à Lawlor que apagaram seu histórico de dados online para evitar a identificação e que o Taleban está usando outras maneiras de encontrá-los. Um deles, por exemplo, foi identificado por um ferimento na perna. Ação urgente - Segundo a relatora, o Taleban invadiu escritórios de organizações de direitos humanos e da sociedade civil em busca de nomes, endereços e contatos. “Muitos defensores são bem conhecidos em suas comunidades locais, em particular nas áreas rurais, e partiram para o anonimato das cidades, mas mesmo lá, foram obrigados a mudar constantemente de local”, disse o especialista da ONU. “A maioria também perdeu sua fonte de renda, limitando ainda mais suas opções para encontrar segurança.” Lawlor pediu apoio internacional imediato, incluindo um plano urgente para a evacuação das pessoas em alto risco, juntamente com suas famílias. Ela destacou que essas são as pessoas que lutam há 20 anos pelo avanço dos direitos humanos no país. “Muitos dizem que se sentem abandonados. Os Estados que apoiaram seu trabalho nas últimas duas décadas devem fazer mais para fornecer vistos, documentos de viagem e rotas de asilo para as centenas de defensores deixados para trás e em risco”, defendeu. Testemunhos - Para produzir seu relatório, a relatora recebeu depoimentos online de cerca de 100 defensores dos direitos humanos. Uma mulher que mora no oeste do Afeganistão disse a ela que todos os dias 5 ou 10 pessoas são presas, com famílias com medo de serem reconhecidas. “Os familiares nem reclamam os cadáveres na rua. Eles estão com medo. Os defensores dos direitos humanos não foram priorizados nos esforços de evacuação”, contou Lawlor. Outro ativista argumentou que “não se pode esperar que o Taleban cumpra sua palavra” e que “o futuro parece sombrio”. Uma mulher que trabalhou em 34 províncias pelos direitos das mulheres garantiu que quer proteger os ganhos conquistados nos últimos 20 anos, mas não pode sair de casa e ir para o escritório. Ela contou que pessoas como ela estão sendo acusadas de serem "agentes estrangeiros". Outro defensor disse que 38 mil prisioneiros foram libertados, alguns deles com problemas com os que trabalham com justiça e estado de direito, e agora são “uma ameaça direta aos defensores dos direitos humanos”. Uma mãe também procurou Lawlor para pedir ajuda sobre a tortura de seu filho de 12 anos pelo Talibã. “Ela achava que mesmo agora poderíamos defender os direitos de seus filhos, mas o que não ficou claro para ela, é que eu não tenho mais autoridade e capacidade para defendê-la e ao filho dela, pois eu mesma fui marginalizada juntamente com os ativistas pelos direitos humanos no Afeganistão”, disse a relatora. Papel dos relatores da ONU - Os relatores especiais são nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para monitorar questões específicas relacionadas ao cumprimento dos direitos humanos. Eles não são funcionários da ONU, nem recebem um salário da Organização. Os relatores especiais fazem parte do que é conhecido como Procedimentos Especiais do Conselho de Direitos Humanos, são independentes de qualquer governo ou organização e atuam em sua capacidade individual. Ataque terrorista – O relatório sobre a situação de direitos humanos no país foi divulgado um dia após um ataque mortal a um hospital militar na capital afegã deixar pelo menos 19 mortos e dezenas de feridos, segundo informações da imprensa. Para o porta-voz adjunto da ONU, o ataque é um lembrete de que as instalações de saúde nunca devem ser um alvo. Farhan Haq falou a jornalistas em Nova Iorque, após duas explosões detonadas perto da entrada do hospital Sardar Mohammad Daud Khan, em Cabul. Não houve reclamação de responsabilidade, mas funcionários do Taleban atribuíram a culpa a um grupo afiliado da rede terrorista ISIL. “Expressamos condolências às famílias daqueles que perderam suas vidas e uma rápida recuperação às muitas pessoas que ficaram feridas”, disse o porta-voz. Ajuda humanitária – Enquanto a crise se agrava no país, as entregas de ajuda humanitária da ONU continuam, junto com avaliações das necessidades para atender à crescente demanda em todo Afeganistão. O Programa Mundial de Alimentos (WFP) relata que 170 caminhões estão entregando assistência em todo o Afeganistão diariamente. Este ano, o WFP alcançou 11,5 milhões de pessoas com assistência alimentar, incluindo 4,7 milhões de pessoas somente em outubro, disse o porta-voz da agência. Na última semana de outubro, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) alcançou 8.400 afegãos vulneráveis em todo o país com ajuda humanitária e 2.330 afegãos sem documentos que voltaram ao Afeganistão receberam abrigo de emergência. ACNUR inicia transporte aéreo - A Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) disse que começou a transportar ajuda aérea para Cabul pela primeira vez, com um avião que transportava ajuda de inverno dos estoques globais da Agência em Dubai pousou na terça-feira. O avião fretado pelo ACNUR decolou de Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos, carregando 33 toneladas de kits de preparação para o inverno para afegãos deslocados. É o primeiro de três voos do ACNUR, com os próximos dois programados para pousar na capital afegã nos dias 4 e 7 de novembro. A porta-voz Shabia Mantoo disse que as necessidades estão aumentando rapidamente no Afeganistão antes do inverno, quando as temperaturas podem cair para -25⁰C. O conflito e a insegurança deslocaram 3,5 milhões dentro do Afeganistão, incluindo cerca de 700.000 forçados a deixar suas casas este ano. A ajuda humanitária o Afeganistão, que busca 606 milhões dólares para ajudar 11 milhões de pessoas até o final de 2021, está atualmente com apenas 50% do financiamento garantido. Leia mais 1 of 5 Notícias 03 novembro 2021 Guterres insta países desenvolvidos a apoiar nações vulneráveis ao clima Com os líderes mundiais expressando esperança de que a meta de fornecer 100 bilhões de dólares por ano em apoio ao financiamento do clima para os países em desenvolvimento esteja ao alcance, o secretário-geral da ONU alertou na terça-feira (02) que a meta provavelmente não será atingida até 2023 e exigirá financiamento adicional depois disso. A autoridade das Nações Unidas discursou durante o Diálogo de Alto Nível dos Líderes dos Países Vulneráveis ao Clima, parte da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP26. De acordo com reportagens da imprensa, o último esforço diplomático, liderado pela Alemanha e Canadá, visa reunir o financiamento necessário até 2023, três anos após o prazo estabelecido pelo Acordo de Paris. Em declarações a jornalistas, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse que "mais ações de países ao redor do mundo" são necessárias para que isso aconteça; John Kerry, enviado especial para as mudanças climáticas do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirma essa intenção. “Exorto o mundo desenvolvido a acelerar a entrega dos 100 bilhões de dólares para reconstruir a confiança”, insistiu Guterres. Obras de adaptação - O secretário-geral enfatizou a importância desses investimentos, dizendo que obras de adaptação e sistemas de alerta precoce poupam vida, assim como agricultura e infraestrutura inteligentes para o clima salvam empregos. É por isso que Guterres continua pedindo a todos os doadores que aloquem metade de seu financiamento climático em adaptação. Atualmente, apenas um quarto desses recursos vai para adaptação, cerca de 20,1 bilhões de dólares. Estima-se que os custos de adaptação para os países em desenvolvimento podem chegar a 300 bilhões por ano até 2030. O chefe da ONU comparou o investimento aos vastos recursos que estão sendo gastos na recuperação da COVID-19, por países que podem pagar. As economias avançadas estão investindo quase 28% de seu Produto Interno Bruto (PIB) na recuperação econômica. Para os países de renda média, esse número cai para 6,5%. Para os países menos desenvolvidos, é menos de 2%. Guterres argumentou que os países vulneráveis devem ter acesso mais rápido e fácil ao financiamento. Ele acredita que isso poderia ser alcançado reduzindo a burocracia, aumentando os limites de elegibilidade e oferecendo alívio da dívida. “Vocês representam os primeiros a sofrer e os últimos a receber ajuda”, disse o chefe da ONU a representantes de nações vulneráveis na COP26. “A solidariedade de que vocês precisam está em falta. A solidariedade precisa emergir aqui, em Glasgow”, complementou. Objetivos climáticos - De acordo com os dados mais recentes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), as atuais Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) resultariam em um aumento ainda catastrófico da temperatura de até 2,7ºC. Com os anúncios feitos nos últimos dias, Guterres disse que "é difícil calcular" onde o mundo está agora, mas ele tem certeza de que "muito mais ambição" é necessária das nações do G20, que coletivamente respondem por 80% das emissões de carbono. “A batalha para manter viva a meta de 1.5ºC será vencida ou perdida nesta década”, alertou. Segundo ele, para manter esse objetivo vivo, todos os países e regiões devem se comprometer com emissões líquidas zero e buscar metas concretas e confiáveis de curto prazo. “Exorto o Fórum dos Vulneráveis ao Clima a continuar a servir como guardiãos da ambição climática”, concluiu. Pequenos Estados Insulares - Também na COP26, o presidente da Assembleia Geral, Abdulla Shahid, reuniu-se com chefes de Estado e de governo da Aliança dos Pequenos Estados Insulares (AOSIS). Shahid destacou que nenhum outro grupo de países corre tanto risco de impacto climático imediato e severo e nenhum outro está tão perto da linha de frente quanto eles. O oficial da Assembleia Geral também enfatizou que poucos foram tão ambiciosos em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) quanto as nações insulares. Leia mais 1 of 5 Notícias 03 novembro 2021 62 jornalistas foram mortos em 2020 apenas por fazerem seu trabalho Apenas em 2020, 62 jornalistas foram mortos apenas por fazerem seu trabalho. Entre 2006 e 2020, mais de 1.200 profissionais perderam a vida da mesma forma. Em nove em cada dez desses casos, os assassinos ficam impunes. Os dados são da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a agência da ONU dedicada a proteger os trabalhadores da mídia, e foram destacados no Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, celebrado em 2 de novembro. Este ano, por causa de estatísticas como essas, a data reforça o importante papel desempenhado pelos serviços do Ministério Público, responsáveis não apenas por levar os assassinos à justiça, mas também por processar ameaças de violência. Em mensagem para o dia, o secretário-geral da ONU, António Guterres, observou que muitos jornalistas perderam a vida durante a cobertura do conflito, mas o número de profissionais da mídia mortos fora das zonas de conflito aumentou nos últimos anos. Em muitos países, a simples investigação de corrupção, tráfico, violações dos direitos humanos ou questões ambientais coloca em risco a vida dos jornalistas, lembrou o chefe da ONU. Ameaças incontáveis - Para Guterres, os crimes contra jornalistas têm um enorme impacto na sociedade como um todo, porque impedem as pessoas de tomar decisões informadas. Além disso, os jornalistas enfrentam inúmeras outras ameaças, que vão desde sequestro, tortura e detenção arbitrária até campanhas de desinformação e assédio, especialmente na esfera digital. A pandemia da COVID-19 e a sombra pandêmica da desinformação demonstraram que o acesso aos fatos e à ciência é, de acordo com o chefe da ONU, “literalmente uma questão de vida ou morte”. “Ameaçar esse acesso visando jornalistas envia uma mensagem perturbadora que mina a democracia e o Estado de direito”, disse Guterres. Ameaças a mulheres jornalistas – O secretário-geral também observou que as mulheres jornalistas correm um risco particular. De acordo com o recente artigo da UNESCO, The Chilling: Tendências globais na violência online contra mulheres jornalistas, 73% das jornalistas entrevistadas disseram ter recebido ameaças, intimidações e insultos online relacionados ao seu trabalho. António Guterres exortou os Estados-membros a se solidarizarem com os jornalistas de todo o mundo, mostrando a vontade política necessária para investigar e processar esses crimes. Também em comemoração à data, as Missões Permanentes da França, Grécia e Lituânia e o Grupo de Amigos para a Proteção de Jornalistas, organizaram um evento, na sede da ONU em Nova Iorque, para debater a questão do discurso de ódio e a segurança das mulheres jornalistas. Em uma mensagem de vídeo para o evento, o presidente da Assembleia Geral, Abdulla Shahid, pediu aos Estados-membros que reconheçam que muitas vezes as jornalistas são afetadas de forma desproporcional, muitas vezes devido a “misóginos que querem tornar o jornalismo inseguro para as mulheres". “Temos a obrigação coletiva de lutar contra isso. Vamos fazer o possível para garantir que o jornalismo permaneça seguro para as mulheres e acabar com o assédio, o bullying e as ameaças que visam seu gênero”, acrescentou. Acabe com a impunidade - A diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, também marcou o dia com uma mensagem, dizendo que, para muitos jornalistas, “dizer a verdade tem um preço”. Segundo ela, quando os ataques contra jornalistas ficam impunes, o sistema legal e as estruturas de segurança falharam com todos. “Os Estados, portanto, têm a obrigação de proteger os jornalistas e de garantir que os autores dos crimes contra eles sejam punidos. Os juízes e procuradores, em particular, têm um papel importante a desempenhar na promoção de processos criminais rápidos e eficazes”, disse. Nos últimos anos, a UNESCO treinou quase 23.000 funcionários judiciais, incluindo juízes, promotores e advogados. O treinamento abrangeu os padrões internacionais relacionados à liberdade de expressão e à segurança dos jornalistas, e deu ênfase especial às questões de impunidade. Este ano, a campanha #EndImpunity (#AcabeComAImpunidade) da agência está destacando alguns dos riscos específicos que jornalistas enfrentam em sua busca para descobrir a verdade. “Apenas permitindo que a verdade seja dita podemos fazer avançar a paz, a justiça e o desenvolvimento sustentável nas nossas sociedades”, concluiu Azoulay. As comemorações de 2021 também abriram caminho para o aniversário de 10 anos do Plano de Ação das Nações Unidas para a Segurança de Jornalistas e a Questão da Impunidade, que será comemorado em 2022. Novas ameaças digitais - Um grupo de especialistas em direitos humanos da ONU também divulgou um comunicado, dizendo que “as ameaças à segurança dos jornalistas, longe de diminuírem, assumiram novas formas na era digital, especialmente para as jornalistas”. Segundo eles, a falha em investigar e enfrentar os ataques online tem consequências na vida real para as jornalistas, afetando sua saúde mental e física. Em casos extremos, as ameaças online podem evoluir para violência física e até assassinato, como mostrou o assassinato da jornalista maltesa Daphne Caruana Galizia. O grupo reiterou o apelo por um mecanismo de investigação permanente a ser estabelecido pelas Nações Unidas, valendo-se de especialistas internacionais independentes, incluindo os dos Procedimentos Especiais e dos Órgãos do Tratado. Em um mundo cada vez mais digitalizado, eles também pediram aos Estados-membros que garantam que todos os jornalistas sejam livres para realizar seu trabalho vital, sem ameaças, intimidação ou qualquer forma de represália online ou offline. A declaração foi feita pela relatora especial para a liberdade de opinião e expressão, Irene Khan, pelo relator especial sobre execuções extrajudiciais, sumárias ou arbitrárias, Morris Tidball-Binz, e pela relatora especial destacando a violência contra as mulheres, Reem Alsalem. Papel dos relatores da ONU - Os relatores especiais são nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para monitorar questões específicas relacionadas ao cumprimento dos direitos humanos. Eles não são funcionários da ONU, nem recebem um salário da Organização. Os relatores especiais fazem parte do que é conhecido como Procedimentos Especiais do Conselho de Direitos Humanos, são independentes de qualquer governo ou organização e atuam em sua capacidade individual. Leia mais 1 of 5 Notícias 03 novembro 2021 Escalada da violência na Etiópia preocupa autoridades da ONU O secretário-geral da ONU, António Guterres, está extremamente preocupado com a escalada da violência na Etiópia e a recente declaração de estado de emergência no país. Em um comunicado divulgado na terça-feira (02), em Nova Iorque, seu porta-voz disse que "a estabilidade da Etiópia e de toda a região está em jogo". Guterres reiterou seu apelo para a cessação imediata das hostilidades e acesso humanitário irrestrito para prestar assistência urgente para salvar vidas nas regiões em conflito no norte do país, Tigray, Amhara e Afar. O chefe da ONU também pediu por “um diálogo nacional inclusivo para resolver esta crise e criar a base para a paz e estabilidade em todo o país”. Outras agências da ONU também demonstraram extrema preocupação com a situação, foi o caso do Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) e do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), que divulgou um relatório detalhado sobre a situação nesta quarta-feira (03). Resposta humanitária - De acordo com a última atualização do Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), divulgada na segunda-feira (01), a situação geral no norte do país “permanece imprevisível, volátil e altamente tensa”. O combustível para operações humanitárias não chega em Tigray desde o início de agosto, forçando a maioria dos parceiros humanitários a reduzir significativamente ou suspender suas atividades. Além da falta de combustível, as atividades ficam comprometidas pela falta de suprimentos, dinheiro, serviços bancários e comunicações. A ONU e seus parceiros só conseguem dar continuidade à resposta em pequena escala em algumas áreas. Na verdade, nenhum comboio com suprimentos entrou em Tigray desde 18 de outubro. Como resultado, a resposta nutricional para crianças e mulheres diminuiu em Tigray em pelo menos 50%. Conflito se expandindo - Com a expansão do conflito, a situação humanitária nas regiões vizinhas a Tigray, Afar e Amhara continua a piorar. Os combates em curso estão impedindo a entrega de assistência e causando deslocamento, perturbação dos meios de subsistência e insegurança alimentar. Desde que os combates começaram no início de novembro de 2020 entre as tropas do governo e as forças regionais leais à Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF), os refugiados também têm chegado a pontos remotos da fronteira que levam horas para chegar das cidades mais próximas no Sudão. Muitos são mulheres e crianças. A maioria saiu quase sem pertences e chegou exausta de caminhar longas distâncias em terrenos acidentados. Cerca de 45.449 refugiados do Tigray da Etiópia fugiram para o Sudão, e 96 mil refugiados da Eritreia estão hospedados na região. Antes desta crise, já havia cerca de 100 mil deslocados internos em Tigray. Teme-se que milhares de pessoas morreram no norte, em meio a denúncias de abusos generalizados dos direitos humanos por todos os lados, com mais de dois milhões sendo forçados a fugir de suas casas. Nos últimos meses, as necessidades humanitárias aumentaram, em meio a assassinatos, saques e destruição de centros de saúde e infraestrutura agrícola, incluindo sistemas de irrigação que são vitais para o esforço de produção. A insegurança alimentar aguda está afetando até 7 milhões de pessoas em toda a Etiópia. Apenas em Amhara, 852 mil pessoas foram alcançadas com ajuda alimentar desde agosto. Investigação - Uma investigação conjunta da Comissão de Direitos Humanos da Etiópia (EHRC) e do Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU (ACNUDH) concluiu que há motivos razoáveis para acreditar que todas as partes no conflito em Tigray cometeram, em vários graus, violações dos direitos humanos internacionais, do direito humanitário e dos refugiados, algumas das quais podem representar crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Em um relatório publicado nesta quarta (03), que examina o impacto devastador que o conflito teve sobre os civis, a Equipe de Investigação Conjunta (JIT) detalha uma série de violações e abusos, incluindo homicídios e execuções extrajudiciais, tortura, violência sexual e de gênero, violações contra refugiados e deslocamento forçado de civis. “À medida que o conflito se expande com mais relatórios de violações e abusos, este documento apresenta uma oportunidade para todas as partes reconhecerem a responsabilidade e se comprometerem com medidas concretas de responsabilização, reparação para as vítimas e a busca de uma solução sustentável para acabar com o sofrimento de milhões,” afirmou o comissário-chefe da EHRC, Daniel Bekele. O relatório se baseia em quase 270 entrevistas confidenciais com vítimas e testemunhas e mais de 60 reuniões com funcionários federais e regionais. Ele cobre o período de 3 de novembro de 2020, quando começou o conflito armado entre a Força de Defesa Nacional da Etiópia (ENDF), a Força de Defesa da Eritreia (EDF), as Forças Especiais de Amhara (ASF), o Amhara Fano e outras milícias de um lado, e as Forças Especiais de Tigray (TSF), a milícia de Tigray e outros grupos aliados por outro, até 28 de junho de 2021, quando o governo etíope declarou um cessar-fogo unilateral. Peso sobre os civis - A alta comissária do ACNUDH, Michelle Bachelet, destacou que o documento mostra “o terrível peso do conflito em Tigray sobre os civis”. Bachelet teme que “essas terríveis violações e abusos ainda estejam acontecendo, baseada nos relatos que estão surgindo”. O apelo da chefe dos direitos da ONU seguiu-se à declaração de um amplo estado de emergência na Etiópia, em meio a relatos de que as forças de Tigray haviam feito novos avanços na região vizinha de Amhara, e outras notícias de bombardeios na capital de Tigray, Mekelle, por forças do governo etíope. “Civis em Tigray foram submetidos a violência e sofrimento brutais”, disse ela a jornalistas em Genebra, no lançamento do relatório sobre o conflito. “Estou profundamente preocupada porque, em um ponto já crítico, um amplo estado de emergência foi declarado na Etiópia. Isto corre o risco de agravar uma situação de direitos humanos já muito grave no país. Outras restrições ao acesso também podem levar uma situação humanitária já extremamente difícil ao limite ”, concluiu. Bombardeios matam crianças - O documento confirma assassinatos e ataques indiscriminados, além da situação humanitária no país, com milhões de pessoas sofrendo de insegurança alimentar. O Escritório de Direitos Humanos da ONU recebeu alegações de ataques aéreos e bombardeios realizados nas últimas semanas pelas Forças Nacionais de Defesa Etíopes. No dia 18 de outubro, três meninos que estavam cuidando de gado foram mortos e oito civis ficaram feridos quando um ataque aéreo atingiu uma fazenda a 15 km de Mekelle. Em um outro ataque, no dia 28 de outubro, seis civis, incluindo duas crianças, morreram. Há também relatos de abusos cometidos pelas Forças Especiais de Tigray, que estariam mantendo presas 87 pessoas em um mesmo centro de detenção, acusadas de assassinatos e de ligação com o governo federal. Fuga sem sucesso - Em outro centro de detenção, estariam presos quase 5,7 mil soldados das Forças Nacionais, incluindo mulheres, duas crianças e 28 grávidas. Seis homens e três mulheres morreram por falta de tratamento médico. O relatório destaca ainda que em julho, 90 pessoas que tentaram escapar de Tigray para o Sudão foram atingidas por balas disparadas pelas forças de Amhara, milícia Fano e pelas Forças Nacionais de Defesa Etíopes. Alguns dias depois, foram encontrados 39 corpos no rio Setit-Tekeze. Já na região de Amhara, conflitos liderados pelas forças de Tigray causaram grande deslocamento de pessoas e execuções sumárias em Kombolcha. Em setembro deste ano, 205 civis foram mortos por soldados das forças de Tigray. O Escritório de Direitos Humanos também confirma que 19 mulheres e 13 meninas foram estupradas por integrantes das Forças de Tigray, somente no início de setembro. As Forças Especiais de Tigray entraram na região de Afar em julho, onde lutaram até setembro. Entre os vários incidentes ocorridos no período, o relatório destaca o assassinato de mais de 200 civis quando um centro de saúde e uma escola foram bombardeados. Metade eram crianças. Sobre o conflito na Etiópia - O conflito começou em 4 de novembro de 2020, quando o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, ordenou uma ofensiva militar contra as forças regionais em Tigray, colocando o país em uma situação instável e repleta de insegurança. Desde então, os combates vêm desestabilizando o país africano deixando milhares de pessoas mortas, deslocadas e outras 350 mil vivendo em situação de fome. Todos os lados do conflito foram acusados de atrocidades. Lutas pelo poder, eleições locais e uma pressão por reformas políticas estão entre os vários fatores que levaram à crise. Leia mais 1 of 5 Ver todas ÚLTIMOS RECURSOS 1 / 11 Recursos 09 julho 2020 Marco de Parceria das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (2017-2021) Recursos 09 julho 2020 A ONU no Brasil (2012-2016) Recursos 13 outubro 2021 Relatório Anual das Nações Unidas no Brasil 2020 Recursos 08 fevereiro 2021 CATÁLOGO | Exposição Consciência - Ivan Ciro Palomino Recursos 18 setembro 2020 Declaração Universal dos Direitos Humanos Recursos 16 setembro 2020 A ONU e o meio ambiente Recursos 11 fevereiro 2021 Marco de Parceria das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável 2017-2021: relatório de progresso 2019 Recursos 11 fevereiro 2021 Marco de Parceria das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável 2017-2021: relatório de progresso 2018 Recursos 09 julho 2020 Direitos Humanos das Mulheres Recursos 11 fevereiro 2021 Marco de Parceria das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável 2017-2021: relatório de progresso 2017 Recursos 23 outubro 2020 Articulando os Programas de Governo com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Recursos 09 julho 2020 Marco de Parceria das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (2017-2021) Recursos 09 julho 2020 A ONU no Brasil (2012-2016) Recursos 13 outubro 2021 Relatório Anual das Nações Unidas no Brasil 2020 Recursos 08 fevereiro 2021 CATÁLOGO | Exposição Consciência - Ivan Ciro Palomino Recursos 18 setembro 2020 Declaração Universal dos Direitos Humanos Recursos 16 setembro 2020 A ONU e o meio ambiente Recursos 11 fevereiro 2021 Marco de Parceria das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável 2017-2021: relatório de progresso 2019 Recursos 11 fevereiro 2021 Marco de Parceria das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável 2017-2021: relatório de progresso 2018 Recursos 09 julho 2020 Direitos Humanos das Mulheres Recursos 11 fevereiro 2021 Marco de Parceria das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável 2017-2021: relatório de progresso 2017 Recursos 23 outubro 2020 Articulando os Programas de Governo com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Recursos 09 julho 2020 Marco de Parceria das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (2017-2021) Recursos 09 julho 2020 A ONU no Brasil (2012-2016) 1 / 11 Nações Unidas Brasil Bem-vinda(o) à página da Equipe de País das Nações Unidas no Brasil Casa ONU Brasil Quadra 802, Conjunto C, Lote 17 Setor de Embaixadas Norte CEP: 70800-400 Brasília, DF, Brasil +55 (61) 3038-9300 Footer menu Sobre Sobre Descubra o que as Nações Unidas no Brasil estão fazendo para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. 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